A Polícia Federal prendeu na quinta-feira (21) um grupo que preparava atos de terrorismo no Brasil em uma operação deflagrada a 15 dias da abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva nesta quinta, em Brasília, o ministro da Justiça Alexandre Moraes informou que 10 pessoas foram presas e outros duas estão sendo rastreadas. As informações são do portal UOL.
Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. As prisões foram feitas em São Paulo, Paraná e outros Estados. O grupo foi recrutado pelo Estados Islâmico pela internet.
“De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos preparatórios, a partir do momento em que passaram para atos preparatórios, foi feita prontamente a atuação do Governo Federal realizando simultaneamente as 10 prisões desses supostos terroristas, que se comunicavam pela internet”, informou o ministro da Justiça.
Membros do Estado Islâmico teriam pedido para que esses indivíduos treinassem luta e manuseio de armas. As armas para um ato terrorista seriam adquiridas no Paraguai.
“Não saíram do país para contato pessoal, mas a partir desse julgamento do Estado Islâmico, atos preparatórios começaram a ser realizados, como treinamentos para artes marciais, treinos para munição, para que eles pudessem realizar atos específicos”.
A ação da PF ocorre dias após o serviço internacional de inteligência Site, especializado no combate ao terrorismo, informar que um suposto grupo militante intitulado Ansar al-Khilafah Brazil declarou apoio ao movimento jihadista Estado Islâmico em publicação em um aplicativo de mensagens e promoveu propaganda jihadistas em inglês e português.
Um jihadista apoiador do Estado Islâmico denominado Ismail Abdul Jabbar al-Brazili enviou mensagens em português pelo serviço Telegram repetindo discurso de um porta-voz oficial do grupo militante, além de outras mensagens.
A revista Época revelou que o roteiro dos terroristas envolvidos nos atentados é semelhante ao dos casos em Orlando, nos Estados Unidos, e Paris, na França. Eles foram recrutados pela internet e juraram lealdade ao Estado Islâmico.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já havia confirmado no mês passado que equipes de inteligência que atuam próximas ao plano de segurança dos Jogos do Rio tinham detectado a abertura de uma conta em português no Telegram para a troca de informações sobre o Estado Islâmico, mas as autoridades vinham garantindo que não havia sido detectada qualquer ameaça de ataque ao país.