A polícia do Rio de Janeiro está empenhada em esclarecer o papel do cubano Alejandro Triana Prevez na morte do renomado galerista americano Brent Sikkema, ocorrida em sua residência no Jardim Botânico no início do mês. O “Fantástico” detalhou a movimentação nas proximidades da residência do suspeito no dia do crime, capturada por câmeras de segurança, além de apresentar informações sobre a vida do cubano, que reside em São Paulo e possuia conexão com a vítima.
Segundo as autoridades, Alejandro teria entrado na residência da vítima por volta das 4h da manhã de um sábado, sem arrombar a fechadura, saindo 15 minutos depois e deixando o local de carro. O corpo só foi descoberto na segunda-feira seguinte por uma advogada brasileira de Brent, que estranhou a falta de contato e utilizou a chave que possuía. O delegado responsável pela investigação sugere que Brent foi morto enquanto dormia.
Segundo a investigação, após o crime, o cubano retornou a São Paulo e, diante da repercussão na imprensa, decidiu iniciar a fuga. O delegado da polícia de São Paulo, Cláudio Henrique Lopes, relatou: “Nós fizemos um trabalho conjunto de monitoramento e aí nós constatamos já na quarta à noite que ele já estava a caminho do interior pegando as rodovias.” Alejandro foi preso pela Polícia Rodoviária Federal na Zona Rural de Uberaba, em Minas Gerais, dormindo em um carro, com US$ 3 mil. A intenção, segundo a polícia, era chegar até a fronteira com a Bolívia.
A principal hipótese inicial da polícia foi a de latrocínio, roubo seguido de morte. A advogada de Brent afirmou em depoimento que dólares, reais e joias foram levados da casa da vítima. O crime é considerado premeditado, mas o motivo ainda não foi esclarecido.
Investigações apontam que Brent Sikkema e Alejandro se conheceram em Cuba, onde o americano possuía propriedades. Alejandro desempenhava diversas funções para Brent e Daniel Garcia Carrera, também cubano e ex-marido de Brent. Testemunhas relatam que Alejandro esteve com Brent pelo menos duas vezes no Rio de Janeiro após se mudar para o Brasil.
Em depoimento, a advogada brasileira de Brent sugere que o crime pode ter sido motivado por questões financeiras, focadas no interesse de Alejandro em subtrair os bens que sabia que a vítima possuía.