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Polícia descarta crime de ódio em caso de brasileiro morto em Winter Park (FL)

Causa do espancamento ainda é cercada de mistério; adolescente foi espancado até a morte no sábado (15)

Da Redação – O motivo que levou ao espancamento e morte de Roger Thomé Trindade no sábado (15), em Winter Park (FL) ainda é um mistério, mas a polícia garante que nada tem a ver com o fato de ele ser imigrante ou qualquer outro crime de ódio.

As autoridades informaram que os suspeitos pelo ataque ao brasileiro já foram identificados e que, um deles, estuda na mesma escola que Roger.

“Roger foi encontrado inconsciente, levado ao hospital, onde ficou internado. Infelizmente, ele morreu, mas nós não sabemos a causa da morte”, afirmou Michael Deal, chefe da polícia local, em entrevista coletiva na terça-feira (18). “Não tinha muitas lesões visíveis no corpo, o que complica ainda mais o caso para nós”, acrescentou ele.

O menino foi encontrado inconsciente e ferido no último sábado (15), no Central Park da cidade. Ele foi levado ao hospital, onde foi mantido com vida por aparelhos, que foram desligados na noite de segunda-feira (17).

Segundo a polícia local, um grupo teria se aproximado de Roger logo após sua chegada ao parque e usado um spray para atacá-lo. Deal afirmou, porém, que o Departamento de Polícia desconhece a motivação do crime, mas descartou a possibilidade de relação com briga de gangues.

“Nós já sabemos que não há gangues relacionadas e isso não foi motivado por racismo ou crime de ódio. Nós ainda estamos investigando. Nós sabemos que Roger era um bom garoto, estudava no Winter Park High School, tinha muitos amigos”, escreve Deal. “Não há indicação de que isso foi planejado. Ele não era um alvo. Foi um fato isolado”, afirmou o policial.

Colegas de escola lamentam morte

Na escola onde Roger estudava o clima é de consternação e tristeza. Segundo os colegas relataram ao jornal Orlando Sentinel, Roger era um menino tímido que, aos poucos, ao se familiarizar com a língua, foi se mostrando um adolescente amoroso e que levava sobremesas brasileiras para os colegas provarem.

“Ele tinha um sorriso contagiante e era extremamente carinhoso. Estamos devastados com essa tragédia que aconteceu com um jovem tão doce como ele”, disse Ashley Julison, colega de sala de Roger.

A família Trindade se mudou para Winter Park, cidade vizinha a Orlando, por que o pai, professor universitário, foi transferido para a cidade no início deste ano.  Os amigos dele abriram um site para doações para cobertura de despesas com funeral e do hospital https://www.gofundme.com/4m5dzkxbw que já havia arrecadado $24 mil de uma meta de $20mil.

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