Autoridades policiais do Missouri encerraram na última sexta-feira (23), as buscas pela brasileira Marina Bischoff, 39, que estava desaparecida desde o dia 28 de maio.
O porta-voz do Departamento de Polícia de Kansas City, sgt. Jacob Becchina, confirmou que os restos mortais encontrados no Shoal Creek, em Kansas City, pertencem à Bischoff.
O corpo, já em decomposição, teria sido achado por uma criança de dez anos no mês de julho. Mas a pandemia impediu que a análise do DNA que estava sendo feita em Washington D.C. fosse concluída mais cedo.
Durante todo esse tempo, familiares e amigos estavam mobilizados em encontrar a brasileira que sofria de depressão. Bischoff era assistente social no Children’s Mercy Hospital e também frequentava a International House of Prayer, no sul de KC.
“Obrigado a todos pelo apoio enquanto minha família e eu esperávamos pelos resultados do DNA. O resultado saiu hoje e foi positivamente identificado como minha irmã”, escreveu o irmão Victor Bischoff, em sua página do facebook.
A última vez que Marina foi vista, em 28 de maio, ela havia acabado de deixar o Kansas City Police Department (KCPD), após ser detida por dirigir sob influência de álcool. Segundo os agentes, ela foi presa no dia 27 e liberada no dia 28, por volta das 7:30 a.m. Ela teria ligado para algumas pessoas enquanto ainda estava na delegacia pedindo uma carona, já que seu carro ficaria detido. Mas não obteve retorno.
Ela teria então deixado o local a pé, sem documento nem celular.
Victor Bischoff, que mora em Austin (TX) e viajou para o Missouri para acompanhar as investigações, disse a um jornal local que sentiu “falta de compaixão e bom senso dos policiais quando permitiram que sua irmã deixasse a delegacia sem um carro ou um telefone , sem sua carteira ou uma carona”.
“É um desastre puro”, disse Bischoff “sem compaixão, sem preocupação”, completou.
A polícia justificou que Marina foi libertada da prisão após pagar fiança, de acordo com os protocolos covid-19 para reduzir as populações de pessoas presas por infrações não violentas.
Não há suspeita de crime, mas a causa final da morte ainda não foi determinada.