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Polícia da Coreia do Sul admite falhas que levaram à tragédia no Halloween de Seul

Mais de 150 pessoas morreram pisoteadas durante as festividades de Halloween, no sábado (30), no bairro de Itaewon

O chefe de polícia da Coreia do Sul admitiu “uma grande responsabilidade” pela tragédia que matou mais de 150 pessoas durante as festividades de Halloween em Seul, no sábado (30). Em entrevista coletiva, na terça-feira (1), ele disse que os policiais não souberam lidar efetivamente com as chamadas de emergência anteriores ao desastre, deixando de evitar uma das maiores fatalidades da história do país.

A fala do chefe de polícia veio em resposta à forte pressão popular que apontava despreparo da organização para conter a multidão no distrito de Itaewon. A polícia tinha destinado 137 oficiais para lidar com cerca de 100 mil pessoas reunidas em um dos bairros mais badalados do país.

“Sinto uma grande responsabilidade como chefe de um dos escritórios governamentais relacionados”, disse Yoon Hee Keun, comissário-geral da Agência Nacional de Polícia Coreana. “A polícia fará o possível para evitar que outra tragédia como essa aconteça novamente.”

Yoon disse que houveram muitas ligações urgentes notificando as autoridades sobre o perigo potencial de uma multidão se aglomerando em Itaewon, mas os policiais que receberam essas ligações não responderam a chamadas de maneira satisfatória e estão sendo investigados.

O desastre, que deixou pelo menos 156 mortos e 151 feridos, concentrou-se em um beco estreito de Itaewon. Testemunhas descreveram pessoas caindo umas sobre as outras, com dificuldades para respirar e inconscientes. Por conta da aglomeração de foliões celebrando o Halloween, equipes de resgate e ambulâncias não conseguiram chegar ao beco a tempo de evitar o desastre.

Durante uma reunião do Conselho de Ministros na terça-feira (1), o presidente Yoon Suk Yeol reconheceu que a Coreia do Sul carece de pesquisas sobre gerenciamento de multidões e afirmou que o governo vai revisar as regras gerais de segurança nacional.

Esse é o desastre mais mortal da Coreia do Sul desde o naufrágio de uma balsa, em 2014, que matou 304 pessoas e expôs as falhas regulatórias de segurança do país.

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