A escritora, ativista e poetisa norte-americana Maya Angelou foi homenageada pelo U.S Treasury Department e teve sua imagem retratada em uma modeda de $0,25. Com isso, ela se torna a primeira mulher negra a receber a honraria. Angelou começou a escrever ainda na infância e seu livro ‘I Know Why the Caged Bird Sings’, (Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, em português), foi uma das primeiras autobiografias do século 20 a atingir um grande público leitor.
A poetisa foi estuprada aos 7 anos de idade pelo namorado de sua mãe que mais tarde foi espancado até a morte num ataque supostamente realizado por seus tios. O trauma vivido deixou Angelou muda por seis anos, período em que ela mergulhou profundamente na literatura. A moeda que a homenageia foi criada pelas designers Emily Damstra e Craig Campbell e mostra a escritora com os braços erguidos, na frente de um pássaro em voo e raios de sol saindo atrás. Ela morreu em 2014 aos 86 anos.
“Cada vez que redesenhamos nossa moeda temos a chance de dizer algo sobre nosso país – o que valorizamos e como progredimos como sociedade”, disse a secretária do Treasury Department, Janet Yellen, em comunicado.
No total, 20 mulheres norte-americanas serão homenageadas entre 2022 e 2025 como parte da campanha American Women Quarters, que também inclui Anna May Wong, a primeira estrela de cinema sino-americana de Hollywood, Wilma Mankiller, a primeira chefe principal feminina da Nação Cherokee, Adelina Otero-Warren, líder do movimento sufragista do Novo México e Sally Ride, astronauta e física que foi a primeira mulher americana no espaço. “Estou muito orgulhosa de que essas moedas celebrem as contribuições de algumas das mulheres mais notáveis da América”, comemorou Yellen.