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Plano de deportação em massa de Trump é “impossível” de acontecer na prática, dizem especialistas

Uma das principais bandeiras da campanha do republicano é a imigração ilegal, já que conta com o apoio de mais de 45% de seus eleitores

O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, o candidato à vice, JD Vance, e outros personagens importantes da campanha, têm batido na tecla da “deportação em massa” de imigrantes indocumentados, caso Trump vença o pleito no dia 5 de novembro.

Trump fez a mesma promessa em seu mandato anterior, mas se deparou com obstáculos legais e de logística para deportar mais de 11 milhões de estrangeiros sem status legal no País. Além disso, o custo seria de bilhões de dólares para os cofres púbicos. Desta vez não será diferente.

O custo médio para apreender, deter, processar e deportar um estrangeiro era de $10.900 em 2016, segundo dados do governo. Esse valor pode quase dobrar no atual cenário econômico. Além disso, o tempo médio para chegar à conclusão do processo e deportar o estrangeiro é de 1.016 dias.

Segundo o Migration Policy Institute, Trump deportou 1,5 milhão de imigrantes em seu último mandato. Para o estudioso César García Hernandéz, autor do livro “A Obsessão da América com a Prisão de Imigrantes”, um possível segundo mandato seria um pouco mais fácil para ele deportar mais estrangeiros, já que conhece melhor o sistema. “Ele vai saber como usar a máquina administrativa ao seu favor, mas isso não quer dizer que ele não vai enfrentar diversos obstáculos para concluir seu plano”, disse Hernandéz. “O foco provavelmente será naqueles que cometerem crimes, não todos os indocumentados”, completou.

Pesquisa do USA Today e Suffolk University mostra que 45% dos apoiadores de Trump concordam com a deportação em massa. O levantamento foi feito por telefone em meados de outubro com mil eleitores declarados do republicano. (Com dados da CNN e USA Today)

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