Histórico

Planeta ficará 3,6 graus Celsius mais quente nos próximos anos

DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIA BRASIL – Não é novidade para ninguém que o clima está ficando cada vez quente no planeta. Nesta terça-feira (12), por exemplo, o que se vê nas redes sociais e ao conversar com parentes no Brasil é que as temperaturas por lá estão altissimas, ultrapassando os 40ºC.

Um estudo divulgado hoje pela Agência Internacional de Energia (AIE) reforça as suspeitas de que faz cada vez mais calor e aponta que o mundo ficará, a longo prazo, 3,6ºC mais quente se os governos simplesmente mantiverem os seus objetivos atuais. Os representantes da agência participam em Varsóvia (Polônia) das discussões sobre as alterações climáticas.

No cenário estabelecido pela AIE para os países desenvolvidos, as emissões de gases que provocam o efeito estufa relacionados com a energia, que representam cerca de dois terços do total das emissões, sofrerão um aumento de 20% até 2035, mesmo com os esforços já anunciados pelos países comprometidos com as preocupações ambientais.

Este cenário ” leva em conta o impacto das medidas anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência energética, o apoio às energias renováveis, a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis e, em alguns casos, a colocação de um preço nas emissões de gás carbônico”, disse a AIE no relatório anual de referência, apresentado nesta terça-feira em Londres.

No entanto, o aumento de 20% nas emissões de energia – principalmente as geradas pelo carvão e pelo petróleo e, em menor grau, do gás – dentro de 20 anos “deixa o mundo a caminho de temperaturas médias globais de 3,6°C, bem acima da meta de 2ºC definida internacionalmente”, informou a AIE.

Observando o papel fundamental do componente energético no sucesso ou no fracasso da política climática internacional, o departamento de energia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apoiou as iniciativas recentes, entre as quais o plano de ação apresentado pelo presidente americano Barack Obama; o anúncio de Pequim relativo a uma limitação de carvão; e o debate europeu sobre metas climáticas para 2030, salientando que “todas têm o potencial de limitar o crescimento das emissões de gás carbônico”.

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