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Aumento da imigração dispara número de matrículas em escolas de Miami-Dade

Situação preocupa Conselho Escolar que alega falta de mão-de-obra para atender aos novos estudantes

Desde o início do ano letivo 2022-23, mais de 10 mil novos alunos se matricularam em escolas públicas do condado de Miami-Dade. Eles são filhos de imigrantes que chegaram recentemente aos Estados Unidos vindos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. No total, as instituições de ensino do condado receberam 14.700  alunos estrangeiros, segundo uma apuração feita pelo jornal Miami Herald. Os outros 4.700 são de mais de 20 países diferentes.

A chegada de novos alunos reflete o desembarque recorde de imigrantes na costa da Flórida, e preocupa o corpo acadêmico. Mari Tere Rojas, presidente do conselho escolar do condado, disse em uma reunião na quarta-feira (11) que, desde a pandemia de covid-19, as instituições de ensino enfrentam escassez de professores e outros profissionais.  “Essa coisa toda é como uma tempestade perfeita. Há dois anos estamos lidando com a falta de capital humano”, disse Rojas. “Agora, vamos ter mais crianças para servir”, completou.

Em outubro do ano passado, Rojas já havia solicitado um levantamento dos alunos imigrantes no condado. Mas os números, agora, ganharam maior destaque por causa da crise imigratória. Em resposta, o distrito lançou o Guia de Fluxo de Estudantes, composto por ações que vão desde identificar em quais escolas os alunos estão se matriculando, passando por agilizar o processo de inscrição, e reforçar a contratação de professores. 

Esta não é a primeira vez que as escolas de Miami-Dade lidam com alto número o de alunos como resultado da imigração. Na década de 1980, houve o Mariel Boatlift, que viabilizou mais de 125 mil cubanos e seus filhos em idade escolar saírem da Ilha rumo a uma nova vida na Flórida.

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