A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (3) uma operação que investiga possíveis fraudes nos dados de vacinação contra Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e associados. De acordo com o inquérito, um grupo ligado ao ex-presidente é suspeito de inserir informações falsas no sistema do Ministério da Saúde com o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares dele nos Estados Unidos, burlando a regra de imunização obrigatória adotada pelo país na época. Bolsonaro desembarcou na Flórida em 31 de dezembro de 2022, onde ficou por três meses.
Na manhã desta quarta-feira (3), a PF fez buscas na casa do ex-mandatário, que teve seu celular apreendido e é aguardado para depoimento na sede da polícia em Brasília. Também alvos do inquérito batizado de Operação Venire, foram presos o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid, e os militares Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que atuavam na segurança presidencial.
“Tais pessoas [que tiveram dados falsos inseridos no sistema] puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, declarou a PF.
