Um novo estudo da Florida Atlantic University mostra que os grandes aglomerados de sargaço presentes atualmente na costa da Flórida podem apresentar as condições perfeitas para a proliferação de uma bactéria mortal Vibrio, criando uma “tempestade patogênica” para os banhistas.
O Vibrio vulnificus, também chamado de “bactéria carnívora”, normalmente vive em água do mar quente e salobra. Os banhistas com feridas abertas podem facilmente se expor através do contato direto e correr o risco de doenças ou até mesmo de morte. Em 2022, a Flórida registrou 17 mortes e 74 infecções relacionadas à bactéria Vibrio, impulsionado em grande parte pelas enchentes causadas pelo furacão Ian.
As bactérias também representam a ameaça de doenças transmitidas por alimentos. Em agosto de 2022, um homem do sul da Flórida morreu após exposição ao Vibrio por comer uma ostra crua no Rustic Inn Crabhouse em Fort Lauderdale.
“Por exemplo, se um peixe comer um pedaço de plástico e for infectado por este Vibrio, o que resulta em intestino permeável e diarreia, ele liberará nutrientes residuais, como nitrogênio e fosfato, que podem estimular o crescimento de Sargassum e outros organismos circundantes”, explicou Tracy Mincer, professora de biologia no Harbor Branch Oceanographic Institute da FAU.
“Precisamos conscientizar o público sobre esses riscos associados. Em particular, deve-se ter cautela em relação à colheita e processamento da biomassa sargaço até que os riscos sejam explorados mais profundamente”, concluiu.
