O estudo aponta que, após 15 dias de tratamento, percentuais semelhantes dos pacientes (que tomaram ou não hidroxicloroquina) já estavam em casa “sem limitações respiratórias”. O percentual de óbitos foi igual em todos os grupos: 3%.
A pesquisa, revisada por outros cientistas, foi publicada nesta quinta-feira (23) no “New England Journal of Medicine”.
O estudo foi conduzido pela Coalizão COVID-19, que ainda conduz outros oito estudos sobre o tema, incluindo um sobre a mesma droga no tratamento de casos ambulatoriais, ou seja, em casos mais leves da Covid-19.
As alterações em exames de eletrocardiograma (aumento do intervalo QT, que representa maior risco para arritmias) foi mais frequente nos grupos que utilizaram hidroxicloroquina
Os autores explicam que os pacientes incluídos no estudo tinham idade em torno de 50 anos e pouco mais da metade era do sexo masculino. Os participantes foram apenas pacientes recém-admitidos ao hospital (até 48 horas) e que tivessem sintomas iniciados, no máximo, até sete dias antes. Além disso, 40% dos pacientes eram hipertensos, 21% eram diabéticos; 17% eram obesos.
Alteração de exames que podem representar lesão hepática foi mais frequente nos grupos que utilizaram hidroxicloroquina. De acordo com o estudo, “não houve diferenças para outros eventos adversos, como arritmias, problemas hepáticos graves ou outros”.