A aprovação de Donald Trump caiu de 52% para 45% nos primeiros três meses de seu segundo mandato, segundo a média de pesquisas calculada pelo jornal The New York Times. Esse tipo de queda é considerada comum nos primeiros meses de governo, mas, neste caso, a velocidade da queda chama atenção. Só Trump mesmo, em 2017, teve um começo com avaliação tão baixa entre os presidentes modernos.
O Times não aponta uma única causa para a queda, mas destaca possíveis fatores, como os decretos de tarifas sobre dezenas de países, que balançaram mercados globais, e a postura agressiva com aliados. As medidas fazem parte de uma estratégia apelidada por seus aliados de “flood the zone”, que tenta impor mudanças rápidas e múltiplas para dificultar reações contrárias.
Boa parte dessa perda vem dos eleitores independentes, grupo considerado decisivo em disputas nacionais. Pesquisas da Quinnipiac University apontam que a aprovação de Trump entre independentes caiu de 41% em janeiro para 36% em abril. Já a reprovação subiu de 46% para 58%. Entre republicanos, o apoio continua alto, sem grandes variações.
Trump, por outro lado, tem celebrado conquistas como a redução na entrada de imigrantes sem documentos, novos investimentos no país e acordos comerciais em negociação. Em coletiva na Casa Branca no dia 23 de abril, ele disse: “Vamos ganhar dinheiro com todo mundo, e todo mundo vai ficar feliz.” Mas, por enquanto, os números mostram outra realidade — e o apoio popular parece seguir em queda.
