Há poucos dias do segundo turno da eleição para Presidente do Brasil, a distância entre os candidatos Luis Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro caiu para quatro pontos percentuais. Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada na quarta-feira (19), o atual presidente subiu um ponto nas intenções de voto, chegando a 45% da preferência. Já o candidato petista ficou estável em relação a semana passada, com 49%, mesmo número da pesquisa anterior. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos – isso significa que, no limite da margem, os candidatos chegam perto de um empate técnico inédito.
Quando se trata de votos válidos – tirando indecisos, votos nulos ou brancos com 5% –, o Datafolha aponta Lula como próximo Presidente da República, com 52% da preferência do eleitorado, contra 48% de Bolsonaro.
Na última semana, institutos como o Ipec, Genial/Quaest e XP também divulgaram pesquisas de intenção de voto, com margens diferentes, porém todas com Lula na frente. Veja quadro:
A semana foi de campanha intensa para ambos candidatos, incluindo o primeiro debate do segundo turno, no domingo (16), na Band, com audiência de 15 pontos, menor que o debate anterior.
Os candidatos também marcaram presença em podcasts populares entre os eleitores. Na terça-feira (18), Lula foi entrevistado no Flow Podcast, com audiência de 1 milhão de visualizações simultâneas, o dobro da audiência que teve Jair Bolsonaro no mesmo show, em agosto.
Na quinta (19), foi a vez do candidato do PL participar do podcast Inteligência Ltda. Bolsonaro superou a marca de 1,4 milhão de espectadores simultâneos em menos de uma hora de entrevista, batendo o recorde de Lula.
Outros números que marcaram a semana vem do TSE, que atendeu 55% das ações de fake news submetidas pelo PT. A coligação de Lula entrou com 67 pedidos e obteve 37 decisões favoráveis. Jair Bolsonaro apelou sete vezes ao TSE, com um dos pedidos negado.
No próximo dia 30 de outubro, aproximadamente 156,5 milhões de eleitores votarão para presidente da República em todos os 5.570 municípios do país e em 181 localidades no exterior. Independente de quem sairá eleito das urnas, os números preliminares dão sinais de que quase metade do país não deve celebrar o resultado das eleições, na batalha presidencial mais acirrada desde a democratização do Brasil.