Envie sua pergunta para imigracao@acheiusa.com, que ela será respondida na medida do possível.
Renata Castro, advogada com escritório em Pompano Beach, telefone (954) 204-0393.
Sou militar da Reserva do Exército, casada com um advogado. Sou mãe de uma estudante universitária de 17/18 anos. Já estivemos em Orlando duas vezes e amamos esse lugar. Temos um bom patrimônio (imóveis e carro) e começamos a sonhar com a possibilidade de imigrar. Pensamos em abrir algum pequeno negócio. Não, eu não tenho um milhão, aliás nem meio milhão de dólares para aplicar em alguma atividade que garantiria o visto de permanência. Mas acredito que haja opções para se viver legalmente, trabalhando e produzindo, sem risco de ser deportado e vivendo em paz e segurança. Qual é a sua orientação, por onde podemos começar?
Renata – Olá, antes de uma definição do melhor caminho para imigrar dentro da sua realidade financeira, é preciso saber se vocês qualificam para um processo por habilidades especiais sem oferta de trabalho (EB-2 com National Interest Waiver).
Possuo uma ação na justiça sobre assédio moral. A ação está favorável para mim e gostaria de tirar uma dúvida: se ganhar a causa é possível entrar com ação de asilo político para Estados Unidos ou Canadá alegando perseguição no trabalho por causa de política em município pequeno e/ou por ser homossexual?
Renata – Não é possível estabelecer se houve perseguição apenas pelo processo de assédio moral. Sugiro que você faça uma consulta individualizada para estabelecer se você qualifica para asilo baseado em perseguição por pertencer a um grupo social em particular ou opinião política.
Minha tia avó materna vive nos EUA há muitos anos (aproximadamente há 50 anos) ela é legalmente americana por casamento. Quando eu vou para os Estados Unidos, a imigração sempre me concede o visto de turista por 6 meses, porém eu não posso trabalhar legalmente e nem passar deste período, então gostaria de saber se existe alguma petição familiar, algum processo que eu possa tentar para ter um visto de permanência diferente do de turista, que me permita trabalhar por e cuidar da minha tia?
Renata – Petições familiares são extensíveis para pais, mães, cônjuges, filhos(as), irmãos(ãs). Avós não transmitem benefício imigratório para netos, salvo se transferirem benefício para os filhos que por conseguinte podem peticionar aos seus filhos (netos do peticiário original). Você também menciona uma solicitação justificando necessidade de cuidados para sua tia; infelizmente petições trabalhistas não são autorizadas para parentes.
Tenho um irmão que é cidadão americano e mora nos EUA há 20 anos. Nunca esteve ilegal. Gostaria que meu filho de 16 anos pudesse estudar numa escola americana por 6 meses e morar com ele e sua família nesse tempo. Já estivemos nos EUA algumas vezes com visto de turista, mas precisamos renová-lo. Meu filho poderia ir com visto de turista e ter a guarda do meu irmão e cunhada e poder estudar na escola próxima à residência deles? Ele estaria numa situação ilegal, sem visto de estudante? Quais as consequências futuras, no caso de querer voltar mais tarde para estudar, trabalhar ou até mesmo passear?
Renata – Estudar com o visto de turista constitui violação do status imigratório, e pode ter consequências futuras para o seu filho e seu irmão, já que ele está incentivando a entrada irregular de um estrangeiro para se beneficiar de serviços financiados pelo governo, ao qual ele não tem direito. A mera guarda física não dá ao seu filho a possibilidade de estudar; ele pode estudar com o visto de estudante em uma escola particular evitando os contratempos acima.
Vivi nos EUA de 1998 a 2008, casei em 2006 e antes de receber o green card definitivo devolvi o provisório para imigração e voltei ao Brasil por questões familiares. Posso tentar o visto novamente e voltar aos EUA?
Renata – Você pode sim tentar o visto, e o mesmo será emitido baseado na sua possibilidade de provar elos com o país de origem. O processo anterior não tem impacto, positivo ou negativo, na nova solicitação de visto. Você deve comparecer munido de documentação que prove os elos, de preferência financeira. Boa sorte!
Em fevereiro de 2016 me mudei para os Estados Unidos com minha esposa grávida e com duas filhas. Quando estávamos com 5 meses no país entrei com o pedido de extensão, que até hoje não saiu resultado. Ficamos 10 meses, tivemos um filho, e minhas filhas estudaram, tanto na Flórida quando em Massachusetts. Faz 3 meses que saímos dos Estados Unidos e gostaria de saber se teríamos problemas para retornar nos próximos meses. Meu filho tem dupla cidadania, seria melhor ir com passaporte brasileiro e visto ou com o passaporte americano?
Renata – Seu filho não pode receber visto já que o mesmo é americano e emissão de visto é refutar a posição de cidadão. O seu retorno pode ter problemas em virtude do período que vocês passaram no país e da conduta que tiveram – usaram benefícios do governo para custear o parto? As filhas estudaram em escola públicas? Essas são algumas das circunstâncias que poderão apresentar obstáculos na entrada.