O novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e sua esposa têm um patrimônio avaliado entre 1,2 milhão e 2,5 milhões de dólares, disse ele na sexta-feira, na primeira vez em que um secretário-geral expõe publicamente suas finanças.
Ban também revelou ter recebido menos de 100 mil dólares em salário como chanceler da Coréia do Sul no ano passado. Ele ocupou o cargo entre janeiro de 2004 e novembro de 2006, quando saiu para iniciar a transição para seu novo posto na ONU, no qual tomou posse em 1o de janeiro.
Em abril, a ONU determinou que seus funcionários mais graduados preenchessem declarações de bens, em reação a sinais de corrupção e incapacidade administrativa no programa “petróleo por comida” do Iraque e no departamento de compras. A regra não valia para o cargo de secretário-geral.
O então secretário-geral, Kofi Annan, inicialmente resistiu em fazer a declaração voluntariamente, depois mudou de idéia, mas não a divulgou publicamente.
Uma auditoria da declaração de bens de Ban feita pela PricewaterhouseCoopers concluiu que está tudo correto, segundo Farhan Haq, porta-voz da ONU.
No formulário de nove páginas, Ban declara que seus bens mais valiosos, estimados entre 500.001 e 1 milhão de dólares, são um apartamento e um terreno residencial em Seul. Sua esposa, Yoo Soon-taek, é dona de um terreno não residencial em Seul. Os outros bens do casal são contas bancárias.
Ban marcou a opção “não” no campo em que se questiona se ele já se envolveu em alguma atividade que prejudique a imagem da ONU ou comprometa sua objetividade e independência na função.
Ele também revelou que tem dois parentes trabalhando na entidade: sua filha, Ban Hyun-hee, e seu genro, Siddarth Chatterjee, ambos lotados no escritório do Unicef (órgão da ONU para a infância) no Quênia.