O custo da sua próxima viagem de avião provavelmente ficará mais caro. Essa é a previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que realizou sua reunião anual nesta segunda-feira (3) em Dubai. Enquanto as companhias aéreas se recuperam das paralisações globais causadas pela pandemia de coronavírus, líderes da indústria informaram que vários fatores devem elevar ainda mais os preços das passagens.
Parte dessa alta é decorrente da inflação global, um problema persistente desde o início da pandemia. Os custos do combustível de aviação, que representam cerca de um terço das despesas das companhias aéreas, aumentou quase 150% no último ano. As companhias aéreas também enfrentam a falta de pilotos e comissários de bordo, além de custos trabalhistas mais altos.
Além disso, a produção de aeronaves ainda sofre com os efeitos da pandemia, o que faz com que as companhias mantenham em operação aviões mais antigos, que consomem mais combustível. Também não há aeronaves novas suficientes para expandir rotas e aumentar a oferta, o que ajudaria a reduzir os preços.
Apesar dos desafios, a IATA estima que a receita global das companhias aéreas atingirá quase US$ 1 trilhão em 2024, um recorde. Serão 4,96 bilhões de passageiros este ano, com despesas totais das companhias chegando a US$ 936 bilhões, outro recorde. Os lucros da indústria devem chegar a quase US$ 60 bilhões este ano. A Emirates, importante para a economia de Dubai, registrou lucros recordes de US$ 4,7 bilhões em 2023, com receitas de US$ 33 bilhões.
Fonte: AP e CNBC