Tremores secundários continuam a abalar o sul da Turquia nesta terça-feira (7) após terremotos de magnitude 7,8 e 7,5 atingirem a área central do país e o noroeste da Síria, deixando quase 20 mil mortos e milhares de feridos na segunda-feira (6).
Os números são do Turkey’s Disaster and Emergency Management Agency (AFAD). As equipes equipes de resgate estão correndo contra o tempo para encontrar sobreviventes que ficaram presos entre os escombros das dezenas de edifícios e casas que desabaram. O abalo sísmico de categoria 7.8 foi o mais forte registrado na região em um século. Os tremores sacudiram os moradores por volta das 4 da manhã da segunda-feira e foram sentidos até no Líbano e em Israel.
Mais cedo, o Itamaraty disse em nota que cerca de mil brasileiros vivem na área impactada, mas, até o momento, nenhum foi identificado entre os mortos. “O governo federal acompanha, com grande preocupação, as notícias sobre o terremoto”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, acrescentando: “Não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos. As embaixadas, bem como o consulado-geral em Istambul, acompanham os desenvolvimentos no terreno, em regime de plantão”.
Entretanto, há relatos de brasileiros entre os desabrigados. Eliana Monteiro Pereira, que reside em Mersin, na Turquia, há seis anos, contou à GloboNews que a cidade está passando por uma situação de guerra. “É muito triste, um cenário desolador. É inverno aqui e está muito frio, e você vê famílias acendendo fogueiras nas ruas para se aquecer, com medo de voltar para casa”, disse ela.
Vários países enviaram equipes de resgate para se juntar aos esforços de salvar pessoas e animais.“Está frio. Está chovendo. As estradas podem ser afetadas, isso significa que a comida, o sustento, o cuidado da sua família, tudo fica prejudicado”, disse a meteorologista da CNN, Karen Maginnis. Ainda nesta manhã, o presidente Joe Biden ligou parta o presidente turco Recap Tayyip Erdogan, para expressar suas condolências e oferecer ajuda no socorro às vítimas e na recuperação do desastre.