Duas parlamentares de origem latina apresentaram, na última terça-feira (23), um projeto bipartidário para a realização de uma reforma imigratória. A deputada Maria Elvira Salazar, Republicana da Flórida, e Veronica Escobar, Democrata do Texas, deram ao projeto o nome de “The Dignity Act”, ou “A Lei da Dignidade”, em tradução livre, que levou seis meses para ser elaborado.
O projeto prevê a criação de um caminho para legalização de milhões de imigrantes indocumentados, que seria dividido em duas partes e teria a duração de 12 anos. Para isso, seria necessário pagar $5 mil ao longo de sete anos, não ter histórico criminal e pagar impostos. Aqueles que completarem o Dignity Program entrariam em outra fase, com duração de cinco anos, que inclui aprender inglês, história americana, prestar serviços comunitários e pagar outros $5 mil.
“Nosso sistema imigratório falido está frustrando os americanos, causando sofrimento e machucando o nosso país, economicamente, moralmente, socialmente e politicamente. Já passou muito tempo da hora de agirmos”, afirma Salazar. “Esse projeto dá dignidade aos agentes que patrulham a fronteira, dá suporte a empregadores e aumenta a segurança das fronteiras”.
“Não quero que ninguém confunda dignidade com anistia. Isso não é anistia, já que o imigrante vai pagar por cada passo em direção à legalização”, disse Salazar, que é cubana-americana.
Entre as principais medidas do projeto de lei estão:
– Garantir um caminho para a cidadania de trabalhadores da agricultura e aqueles a serviço das Forças Armadas;
– Garantir a legalização de imigrantes indocumentados que já moram nos Estados Unidos, com a possibilidade de conseguir a cidadania americana;
– Estabelecer novas regras para a solicitação de asilo e agilizar esse tipo de processo;
– Criação de novos postos para processamento de casos de asilo;
– Criação de novas possibilidades para a legalização de menores de idade;
– Aumentar a segurança das fronteiras e revitalização de comunidades ao seu redor;
– Garantir um caminho para legalização dos Dreamers e para portadores de Temporary Protected Status (TPS).