Histórico

Paranaense é encontrado morto na Carolina do Norte

Família suspeitou de crime, mas polícia descartou que Cassiano tenha sido assassinado

O engenheiro mecânico Cassiano Linsigen de Paula e Silva, de 28 anos, foi encontrado morto na cidade de High Point, na Carolina do Norte, onde trabalhava numa empresa terceirizada da fabricante de veículos Volvo. O corpo do paranaense de São Mateus do Sul, que era casado com Franciele Rocha, estava boiando num lago, num descampado bastante usado por praticantes de aeromodelismo. A suspeita da polícia é que o brasileiro tenha desmaiado e acabou se afogando – não tinha marcas de agressão e seu pulmão estava cheio de água.

A princípio, familiares e amigos do paranaense chegaram a pensar em assassinato, pois ele parecia estranho nas últimas semanas, como se estivesse sendo ameaçado. “Os pais do Cassiano, Gracita e Rui, disseram que várias vezes ouviram o filho falando sobre a constante pressão que sofria no trabalho e que ele estava pensando em voltar para o Brasil”, disse Íris Siben, amiga de Cassiano. O irmão dela, Rodrigo, advogado de São Mateus, era o melhor amigo do engenheiro mecânico e chegou a pedir ajuda para membros da comunidade brasileira aqui nos Estados Unidos para uma apuração mais cuidadosa da precoce morte.

No entanto, amigos da Carolina do Norte acreditam que a hipótese de acidente é realmente a mais provável. “Ele estava muito debilitado, comendo mal e dormindo pouco. Deve ter desmaiado na beira do lago”, afirmou Tânia, uma amiga do casal, que nos dias seguintes à morte do brasileiro foi a pessoa que prestou apoio à Franciele. Ela confirmou que, nos últimos dias, Cassiano teve crises de pânico e estava com mania de perseguição, ou seja, sinais de depressão. Mesmo assim, Tânia não acredita em suicídio. Ele vivia há dois anos na América.

De acordo com a polícia, Cassiano saiu de casa na última sexta-feira de setembro, sem documentos, e passou no trabalho da esposa para dizer que a amava muito. De lá, foi para o tal campo de aeromodelismo que costumava visitar sempre e seu corpo só foi encontrado dois dias depois. Os depoimentos de conhecidos e da viúva ajudaram a polícia a concluir pela versão do acidente.

“Infelizmente perdemos um amigo. E pensar que há menos de um mês, no aniversário dele, Cassiano era a pessoa mais feliz do mundo”, lamentou Tânia, citando o churrasco preparado em comemoração à data. Mulher do chefe Cassiano, ela afirmou que a empresa para a qual ele trabalhava garantiu que dará toda a assistência à viúva, que planeja voltar para o Brasil. O corpo do engenheiro mecânico também deve ser enterrado em São Mateus do Sul.

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