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Para atrair brasileiros, prédios em Miami ganham campo de futebol

Mercado cada vez mais diversificado e com grande presença de latinos faz construtoras adaptarem lançamentos imobiliários na cidade

DA REDAÇÃO – Para compradores brasileiros de alto poder aquisitivo, o mercado imobiliário de Miami vem se tornando cada vez mais atraente. Nessa relação não entra somente a segurança de ver o dinheiro investido em um imóvel em um país de economia sólida, mas também a facilidade de um mercado que a cada vez mais se adapta aos gostos do brasileiro rico –ao e de outros povos latinos também, como venezuelanos e colombianos de conta bancária abarrotada.

Prova disso são apartamentos que trazem adições incomuns para americanos, tais como dependências de empregada doméstica e até campos de futebol. Um desses prédios é o recém-lançado Paramount Miami Worldcenter, localizado na região central da cidade. O edifício ainda está sendo vendido na planta mas teve 25% de suas unidades já reservadas (segundo a construtora, a maioria dos compradores são brasileiros).

Quem desembolsar cifras que começam em $750 mil e chegam a $7 milhões terá à disposição quadras de tênis, piscina, pista para caminhada, playground, área para piquenique e churrasco e um campo de futebol, localizado no 9º andar do edifício e com vista para a cidade. O prédio terá 58 andares e mais de 200 metros de altura. As residências ficarão entre o 10º e o 54º andar. Deve ficar pronto em 2018.

Segundo a brasileira e corretora de imóveis Yara Gouveia, da imobiliária Elite International, de Miami, o mercado imobiliário na cidade tem cada vez mais uma cartela diversa de compradores, não ambicionando apenas o público norte-americano. “O quarto de empregada não é só uma preferência de brasileiros, mas também de venezuelanos, colombianos e argentinos, que até reclamavam de que faltava tanque na área de serviço”, conta. “Isso acontece em empreendimentos de alto padrão. Atualmente, por Miami ter uma quantidade grande de lançamentos destinados a um público de alto poder aquisitivo, eles compete não só no padrão dos apartamentos, mas principalmente nas áreas comuns”, avalia.

E é aí que entra o campo de futebol, que a corretora garante que apesar de ser mais um atrativo não é garantia de que o cliente vá de fato fechar o negócio. “Na minha opinião, isso é interessante, mas ninguém compra um imóvel porque tem campo de futebol. Antes o cliente gosta do apartamento. O que importa é se a planta agrada, se tem boa localização e preço, e o restante vem no pacote.”

O que Yara afirma ser preponderante na compra de um apartamento por brasileiros atualmente é a situação econômica do Brasil, que vem mudando o perfil dos compradores que vêm à cidade. “Os brasileiros primeiro focavam em ter um apartamento para férias, mas de um tempo para cá isso mudou. Muitos brasileiros agora querem uma opção para uma eventual mudança para os Estados Unidos”, conta a realtor. “Os brasileiros com que temos trabalhado ultimamente, principalmente após a alta do dólar, adquirem para vir morar.”

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