Um adolescente e seu pai atiraram em uma mulher que eles acreditavam estar tentado invadir sua casa no condado de Polk, na Flórida. Em entrevista coletiva na segunda-feira (17), o xerife local, Grady Judd, descreveu o evento “uma das coisas mais loucas que já vi”. O incidente começou quando um vizinho do complexo de apartamentos onde moram Gino Colonacosta, 73, e seu filho, Rocky Colonacosta, 15, resolveu procurar o dono de um pacote que havia sido entregue por engano em sua porta, no dia 15 de outubro. Ele levou o pacote até o apartamento da família Colonacosta, onde deveria ter sido entregue, e o deixou pendurado na porta.
Ao ver as imagens de uma pessoa na porta pela câmera de segurança, pai e filho pensaram que alguém estava tentando invadir a residência, relatou o xerife. Foi então que ambos pegaram seus revolveres calibre .45 e saíram para procurar o possível criminoso.
A cerca de 100 metros de distância da residência, eles viram uma mulher sentada em seu carro. O pai sacou a arma, apontou para ela e gritou para ela sair do carro. Assustada, ela colocou o carro em marcha a ré tentando fugir. Foi quando o adolescente começou a atirar em seu veículo, em seguida do pai, que disparou cinco tiros, de acordo com o xerife. “Os dois atiraram em uma senhora inocente sentada em seu carro, onde ela tinha o direito de estar, olhando para o celular”, disse ele. “Eles atiraram nela sete vezes”.
A mulher conseguiu fugir e parou em uma loja de conveniência, onde notificou a polícia. Rocky e Gino Colonacosta também entraram em contato com a polícia depois que o veículo deixou o local.
Segundo relato do xerife, a mulher não ficou ferida, mas uma das balas ultrapassou a cadeirinha de bebê que estava vazia no banco traseiro do veículo e ficou alojada no banco do motorista. “A vítima chegou muito perto da morte”, afirmou. “Certamente, se houvesse um bebê na cadeirinha, teria sido morto”.
Tanto o pai quanto o filho foram acusados de tentativa de homicídio, entre outras infrações. A Flórida tem uma lei de defesa pessoal, conhecida como “Stand your Ground”, que permite que alguém que sente que se sinta ameaçando de morte ou lesão corporal, proteja-se “com uso de força” em vez de recuar, mas segundo o xerife Grady Judd os dois não estavam de acordo com a lei. “Isso não significa que você pode sair da segurança da sua casa, perseguindo pessoas e atirando nelas”, afirmou.