O pai de um adolescente morto no tiroteio em massa ocorrido em 2018 em uma escola de Parkland, na Flórida, interrompeu o presidente Joe Biden em um evento na Casa Branca nesta segunda-feira (11), para cobrar mais ações contra a violência armada. “Nós precisamos fazer mais, eu tenho tentando te dizer isso”, falou o homem identificado como Manuel Oliver. A solenidade marcou a assinatura de um projeto de lei pactuado entre políticos democratas e republicanos para restringir o acesso às armas. “Sente-se e escute o que eu tenho a dizer”, respondeu Biden. Os seguranças se aproximaram para retirar Oliver do local, mas o presidente interferiu: “Deixe-o falar”.
Pais de vítimas de tiroteios em escolas nos EUA foram convidados pela equipe presidencial para celebrar a nova legislação. A medida foi aprovada após os massacres na escola de Uvalde, no Texas, e em um supermercado de Buffalo, em New York. Entre as modificações implementadas está a expansão da verificação de antecedentes criminais na venda de armamentos para pessoas entre 18 e 21 anos. Além disso, a nova lei cria a chamada “brecha do namorado”( boyfriend loophole, em inglês), que proíbe indivíduos condenados por violência doméstica de tirar licença para portar armas.
A regra recém-aprovada ainda vai atrás de pessoas que vendem armas como fonte de renda primária, mas evadem o registro de revendedores licenciados pelo governo federal. As áreas e segurança escolar e saúde mental dos estudantes também foram incluídas no texto e irão receber mais incentivo financeiro.
Com assinatura da lei, todo o país também passa a ter a norma chamada “bandeira vermelha” que permite autoridades confiscarem armas de fogo daqueles que representam um perigo para os outros ou para si mesmos.