DA REDAÇÃO – O AcheiUSA publicou na edição passada uma reportagem com a brasileira Priscila Araújo, de 29 anos, que foi deportada dos Estados Unidos em 2012 e deixou para trás sua filha morando com o pai em Boca Raton (FL). Priscila reclamou que não consegue contato com a menina desde o início deste ano.
O pai da menina, que não quis ter o nome revelado, conversou com o AcheiUSA na quarta-feira (28) no escritório do seu advogado, Darren P. Covar, e contestou as informações relatadas pela mãe ao jornal. O advogado mostrou diversos documentos da época da prisão do ex-marido de Priscila em 2012, entre eles depoimentos de testemunhas que conheciam o casal. Ela o havia acusado de violência doméstica, porém, nada ficou provado – de acordo com a documentação apresentada – que ele tenha praticado o crime. Não há nenhum registro em seu nome na prática do crime alegado. “Temos todas as provas de que as denúncias dela contra o meu cliente são infundadas. São mais de 15 depoimentos de pessoas que conviviam com o casal e também temos documentos da Corte para provar o que estou dizendo”, disse Darren Covar.
“Tudo o que ela quer é me atingir e ela sabe o que minha filha representa para mim e, por isso, procurou o jornal. Desde que eu me casei com outra mulher, ela tem infernizado a minha vida. Por isso parei de deixar a menina falar com a mãe. Ela se tornou agressiva, me enviando palavrões por mensagem e eu e minha filha não somos obrigados a passar por isso. Se ela quiser conversar civilizadamente, tudo bem. Eu posso permitir o contato novamente, mas do jeito que estava, não era possível”, disse o brasileiro à reportagem.
Segundo o pai, ele tentou, anteriormente, conseguir uma autorização para que a menina viajasse para ver a mãe, mas ela não teria tirado o documento na época.
O homem afirmou que não foi ele quem denunciou Priscila à imigração, como ela acredita apesar de não ter provas. “Eu nunca a denunciei para a imigração. Quando ela foi presa, eu fiquei com as crianças para ela, inclusive com o filho dela mais velho, que não é meu filho. Eu sempre ficava com as crianças para ela fazer o que quisesse. Quando ela foi presa, tirei $1 mil do meu bolso para juntar com mais $1 mil que a mãe dela mandou do Brasil para pagar a advogada”. Ele disse, ainda, que enviou as coisas de Priscila para o Brasil.
Nota do Consulado-Geral
“O Consulado-Geral do Brasil em Miami recebeu, no dia 23 de setembro, pedido de assistência consular por parte da brasileira Priscila Araújo para reestabelecer contato com sua filha menor de idade.
Com o objetivo de moderar e intermediar a situação, o Consulado-Geral contatou o pai da criança e seu advogado. Ambos afirmaram que a guarda da criança será discutida na Justiça local e rejeitaram a mediação oferecida pelo Consulado-Geral.
Cabe esclarecer que o Consulado-Geral do Brasil em Miami tem a missão de proteger os interesses dos cidadãos brasileiros sob a sua jurisdição, conforme a Convenção de Viena, e buscou assegurar os melhores interesses da criança. É importante destacar, no entanto, que a legislação brasileira impede o Consulado-Geral de representar cidadãos brasileiros perante tribunais. O Setor de Assistência a Brasileiros do Consulado-Geral mantém-se à disposição para seguir prestando o auxílio necessário aos pais da criança”.