O projeto bipartidário de reforma imigratória esbarrou, mais uma vez, em um grupo de senadores dos dois partidos, que não deixou a pauta avançar nesta quarta-feira (7). A medida incluía aumento da segurança na fronteira, regras mais rigorosas para pedidos de asilo e fechamento da fronteira quando quatro mil pessoas forem processadas em um dia. Além disso, o pacote incluía ajuda humanitária a cidadãos da Ucrânia, Israel e Taiwan. A reforma imigratória estava sendo negociada há meses pelos dois partidos.
O pacote incluía investimentos da ordem de $118 bilhões e, opositores à medida, disseram que o projeto “já chegou morto antes de nascer”. O ex-presidente e potencial candidato à presidência, Donald Trump, criticou a reforma e afirmou que ela jamais seria aprovada. Trump está sendo acusado de se beneficiar do descontrole na fronteira. “Nós sabemos que o caos na fronteira é positivo para Donald Trump, que pode explorar o assunto exaustivamente em sua campanha. Então, para que resolver o problema?”, disse o líder Democrata Chuck Schumer.
Quatro republicanos votaram para que o projeto avançasse, incluindo o senador James Lankford, que é o senador que negocia políticas na fronteira. Outros cinco democratas votaram contra a medida, incluindo o senador Bernie Sanders.
Entre as medidas, estava restrição na fronteira quando quatro mil estrangeiros forem processados por agentes imigratórios em um dia – as travessias chegam a 10 mil por dia em algumas épocas do ano -; exigência de mais documentos para a solicitação de asilo e limite do tempo para processar os pedidos a seis meses.
O presidente Joe Biden se pronunciou sobre o fracasso da reforma imigratória no Senado. “Os republicanos estão fazendo o que Trump quer. Nunca pensei que fosse ver o que estamos vendo agora”, disse o presidente em evento beneficente em New York.