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Pacote de saúde de Obama passa pelo primeiro teste

Comissão de Finanças aprova projeto e assunto vai ao Senado

A tentativa de reforma de saúde defendida pelo presidente Barack Obama superou o primeiro obstáculo: o projeto, com um teor mais moderado, foi aprovado esta semana pela Comissão de Finanças do Senado, inclusive com um voto republicano – o da senadora Olympia Snowe. A proposta atende a maioria dos requisitos estabelecidos pelo presidente da República durante a campanha presidencial do ano passado, que prometeu ampliar a cobertura de seguros para praticamente todos os americanos e reduzir custos médicos.

A questão de um programa de saúde gerenciado pelo governo não está prevista neste projeto, mas continua presente nos três planos de reforma que passaram por comissões da Câmara dos Deputados. Este é o ponto de maior polêmica da proposta de Obama e sofre resistência não só de republicanos, mas também de muitos democratas, que temem o aumento excessivo do deficit público. Os EUA são o único país industrializado sem cobertura universal de saúde, e cerca de 47 milhões de americanos estão sem seguro.

“Nosso plano fornecerá uma cobertura de saúde a 23 milhões de americanos” a mais, alegou o presidente democrata da comissão, Max Baucus, acrescentando que outras 14 milhões de pessoas se beneficiaram do plano através do sistema Medicaid (seguro saúde para os mais pobres).

O plano de dez anos, ao custo de 829 bilhões de dólares, segue agora para o debate entre todos os 100 senadores, dos quais 40 são republicanos. Mas, primeiro, o líder democrata no Senado, Harry Reid, deve harmonizar a proposta com um projeto de lei mais liberal, já aprovado na Comissão de Saúde. Os republicanos, embora sejam minoria, ainda têm votos suficientes para atrasar a tramitação do projeto por meio de um procedimento conhecido como atrasar uma obstrução.

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