O arroz disparou nos supermercados brasileiros, sobretudo nas últimas semanas. Um pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, tem sido encontrado por até R$ 40.
Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz deve continuar no próximos 12 meses.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro pediu “patriotismo” aos supermercados para segurar os preços de itens da cesta básica. “Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro”, disse.
Em resposta, a Apas (Associação Paulista de Supermercados), informou que os aumentos são “provenientes dos fornecedores de alimentos, que são provenientes de variáveis mercadológicas como maior exportação, câmbio e quebra de produção”.
Assim como outros produtos da cesta básica, como óleo de soja e feijão, a alta do arroz está ligada à valorização do dólar, que torna as exportações mais lucrativas aos produtores.
Além disso, a safra de arroz neste ano caiu, ao mesmo tempo em que a demanda interna pelo produto cresceu durante a pandemia do novo coronavírus. Com o isolamento, as famílias passaram a consumir mais cereal, num ano de menor oferta.