O primeiro absorvente descartável chegou ao Brasil em 1930, mas foi na década de 50 que começou a se popularizar através das propagandas que davam uma conotação de praticidade e modernidade ao item.
Durante anos, fomos ‘ensinadas’ a usar absorventes íntimos descartáveis como sendo a opção mais limpa e correta, porém, falar sobre eles é um assunto sério e muito importante, pois, a indústria pensando em vender, ‘fantasiou’ esse produto e não contou que é altamente prejudicial à nossa saúde e extremamente poluente.
Já falei em alguns posts no Bloguesia sobre os cuidados que devemos ter com os produtos que usamos na nossa pele. O cuidado deve ser ainda mais especial quando falamos da saúde íntima, pois a nossa pele é altamente permeável, principalmente, na região vaginal. Qualquer componente que entre em contato constante com a pele é absorvido, indo para a corrente sanguínea e se espalhando por todo o corpo.
A tecnologia do absorvente íntimo descartável se assemelha à das fraldas, com o uso de árvores e petróleo como matérias-primas para sua fabricação. O absorvente externo é composto basicamente por celulose, polietileno, propileno, adesivos termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente e agente controlador de odor. Já o absorvente interno, é constituído principalmente por algodão, rayon [seda artificial], poliéster, polietileno, polipropileno e fibras.
Com isso, possuem compostos químicos que são altamente prejudiciais à nossa saúde.
Alguns efeitos nocivos dos componentes:
Químicos Plásticos: Sabemos que os químicos plásticos são tóxicos. BPA e BPS podem influenciar no desenvolvimento embrionário e são relacionados à doenças do coração e ao câncer. Phthalates, presentes nos absorventes internos, são conhecidos por desregular a expressão genética, e o DEHP pode danificar múltiplos órgãos. Além disso, os absorventes convencionais contêm o equivalente a 4 sacolas plásticas em toda sua composição, ou seja, não são respiráveis, deixam a área vaginal quente e úmida, promovendo fungos e bactérias. (fonte Korui)
Além da dioxina, amianto, entre outros agentes químicos. Alguns absorventes ainda podem conter neutralizadores de odor, fragrâncias e cores artificiais que são substâncias contaminantes ligadas à disfunção hormonal, câncer, defeitos de nascença e infertilidade
Alternativas
Alternativas como o coletor menstrual, o absorvente de pano, a calcinha absorvente e os absorventes ecológicos podem ser escolhas mais saudáveis, econômicas e sustentáveis.
Já pensou em experimentar algum desses produtos? No Brasil, há marcas seguras e recomendadas por Ginecologistas, como inciclo, Korui, Pachamama, Fleurity, Pantys, entre outras. Algumas, inclusive, já exportam.
Faça o teste e veja o que melhor se adapta a você. Seja inteligente, pratique o consumo consciente.
Boas escolhas e muita saúde!