A propagação do coronavírus a um ritmo assustador está deixando a população apreensiva e, para se proteger, a busca por máscaras cirúrgicas fez com que o produto desaparecesse das prateleiras e dos sites de compras on-line. Celebridades também postaram fotos nas redes sociais usando as máscaras.
Diante desse cenário, a Organização Mundial de Saúde (OMS) postou um vídeo explicando quando as máscaras devem ser utilizadas. “Se você estiver saudável, você só precisará da máscara se estiver cuidando de uma pessoa com suspeita de estar infectada pelo coronavírus (COVID-19), se estiver com sintomas de gripe (tossindo e espirrando)”. O órgão destaca que as máscaras só são eficazes se a pessoa lavar as mãos constantemente.
“Quando falamos em doenças infecciosas e epidemias, sabe-se que o uso dessas máscaras só é recomendado para indivíduos que já estão doentes e não querem/devem transmitir infeções para outras pessoas. Entre as condições mais comuns, entram todos os tipos de micro-organismos que contaminam vias aéreas e pulmões, como adenovírus — causadores de resfriado, bronquite, pneumonia e conjuntivite, esta quando atinge os olhos — e o influenza, que provoca a gripe”, explica o pneumologista Elie Fiss à Revista Saúde.
O especialista explica que, por essa razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prioriza várias outras medidas de segurança para conter surtos e situações do gênero. Entre as estratégias mais eficazes estão lavar as mãos com frequência, evitar levar mãos sujas à boca ou ao nariz, usar e descartar tecidos quando espirrar ou tossir e manter uma distância de ao menos um metro de outras pessoas.
“Tais máscaras cirúrgicas padrão são confeccionadas, sobretudo, para garantir o bloqueio de partículas e gotículas. Quando há infecção, acredita-se que as pequenas gotas não podem ser filtradas pelo item de proteção. Por serem descartáveis, ou seja, haver prazo de validade, passar um dia inteiro com uma, cuja superfície ficará infectada, pode trazer risco de contaminação para outras pessoas que estiverem ao redor”, ressalta o médico.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais sintomas conhecidos até o momento são: febre, tosse, dificuldade para respirar.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
– Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.
– Ficar em casa quando estiver doente.
– Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). (Fonte: Ministério da Saúde)