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Organização Mundial da Saúde lança plano de $56 milhões para combater zika vírus

O valor será distribuído em campanhas de conscientização, cuidados com as pessoas afetadas pelo vírus, vigilância e combate ao vetor

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Margaret Chan

Margaret Chan

DA REDAÇÃO (com UOL) – A OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou, na última semana, um plano estratégico global no valor de $56 milhões para combater a epidemia de zika, a microcefalia (má-formação no cérebro de bebês) e as condições neurológicas associadas ao vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Intitulado de “Plano de Arcabouço para Reação Estratégica e Operações Conjuntas”, a OMS pretende investir esse montante até junho deste ano. Do total, 25 milhões seriam financiados pela organização em conjunto com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e o restante por parceiros chave.

O valor será distribuído em seis categorias: campanhas de conscientização (em torno de $15 milhões), cuidados com as pessoas afetadas pelo vírus (em torno de $14 milhões), vigilância (em torno de $7 milhões), combate ao vetor, pesquisa e coordenação em torno de $6 milhões, cada um.

Já o repasse para os países afetados será determinado de acordo com a incidência de Aedes, zika, microcefalia, aumento de casos de síndrome neurológicas nos países. O Brasil, por ser um dos mais afetados pelo surto de zika e microcefalia, se enquadra em todas as categorias e, por isso, deve ser um dos maiores contemplados no plano global da OMS.

O objetivo do plano é mobilizar e coordenar parceiros, peritos e recursos para ajudar países a incrementar a vigilância da zika e dos distúrbios que possam estar ligados ao vírus, aumentar o controle vetorial, comunicar efetivamente os riscos, tomar medidas de orientação e proteção, prover assistência médica aos afetados e estabelecer um processo rápido de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e terapias.

A diretora da OMS, Margaret Chan, diz que a “situação da zika é particularmente grave por causa do potencial de propagação internacional, dada a ampla distribuição geográfica distribuição do mosquito vetor, a falta de imunidade da população em áreas recém-afetadas, e a ausência de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido”.

Outros investimentos
Nesta terça (16), o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, anunciou a liberação de 10 milhões de euros para pesquisas sobre o vírus da zika. O anúncio ocorreu após reunião de embaixadores de países como Alemanha, Inglaterra, Espanha e Portugal com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília.

Segundo Cravinho, será lançado um edital no dia 15 de março para seleção de projetos e institutos de pesquisa que devem receber os recursos. Após a inscrição, a expectativa é que a escolha dos projetos ocorra em até um mês. “A comunidade internacional ainda tem muitas incertezas sobre a zika”, afirma. “Temos o dever de apoiar o Brasil nesta luta”, disse.

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