A operação militar do governo Trump na fronteira sul já gerou gastos superiores a 300 milhões de dólares em seis semanas, segundo dados do Departamento de Defesa. Os custos incluem deportações em aviões militares, envio de tropas e expansão de instalações em Guantánamo.
Se esse ritmo for mantido, a missão pode ultrapassar $2 bilhões no primeiro ano, o que preocupa especialistas. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, classificou a proteção da fronteira como a prioridade máxima das Forças Armadas, ampliando o uso de recursos militares para funções tradicionalmente de autoridades civis. O governo justifica os gastos como parte de um esforço para conter a imigração irregular e o tráfico de drogas, enquanto críticos questionam a prioridade dada ao tema diante de outras demandas militares.
O Pentágono ampliou sua presença na região, com tropas e navios de guerra, e o número de cruzamentos irregulares tem caído desde o ano passado. Algumas medidas, como voos militares para deportação, já foram reduzidas por baixa demanda.
O governo também estuda designar áreas da fronteira como instalações militares, permitindo a detenção de migrantes até sua deportação. A iniciativa levanta debates sobre o papel das Forças Armadas na segurança fronteiriça e os limites legais para sua atuação dentro dos EUA.