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ONU aprova encerramento de missão de paz no Haiti

A aprovação foi unânime pelos 15 membros do conselho

Soldados brasileiros patrulham as ruas de Bel Air, em Port-au-Prince, Haiti
Soldados brasileiros patrulham as ruas de Bel Air, em Port-au-Prince, Haiti

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira (13) encerrar neste ano — até 15 de outubro — a missão de paz de 13 anos da organização no Haiti (Minustah), substituindo-a por uma operação policial menor, que será retirada ao longo de dois anos na medida em que o país aumente sua própria força. A missão é liderada pelo Brasil. A aprovação foi unânime pelos 15 membros do conselho.

A ONU deciciu implantar a Minustah quando o país passou por uma convulsão social que levou à queda do então presidente Jean Bertrand Aristides e um princípio de guerra civil. A operação internacional é desde o início liderada por um general do Brasil e tem o maior contingente de tropas brasileiras.

“Essa foi uma missão muito importante para o Brasil porque coincide com o tempo em que o governo Lula buscava posicionar-se como líder no mundo e ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, afirmou à agência AFP María Cristina Rosas, acadêmica da Universidade Nacional Autônoma do México e autora de vários livros sobre missões de paz.

“O governo brasileiro atualmente não passa por seu melhor momento, sua imagem internacional deteriorou-se e o país precisa continuar fortalecendo sua projeção”, avaliou.

O fechamento da missão de $346 milhões anuais, recomendada também pelo chefe da ONU, António Guterres, acontece quando os Estados Unidos sinalizam que querem cortar seu financiamento para operações de paz da ONU. Washington é o maior contribuinte da Minustah, pagando 28,5% do orçamento total, segundo a Voice of America.

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