Estados Unidos

Onda de demissões após ordem para arquivar caso contra prefeito de Nova York

A crise expõe tensões dentro do Departamento de Justiça: o arquivamento do caso e as renúncias aumentam as preocupações sobre interferência política na aplicação da lei.

Eric Adams, prefeito de Nova York, cujo caso criminal teve ordem para ser arquivado. Foto: Reprodução TV

Vários procuradores federais renunciaram depois que o Departamento de Justiça ordenou o arquivamento do caso de corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. Danielle Sassoon, a procuradora-chefe em Manhattan, foi a primeira a sair, afirmando que a decisão criaria um “precedente perigoso”. Pelo menos cinco outros altos funcionários do departamento também deixaram seus cargos.

O caso contra Adams, inicialmente movido sob o governo Biden, envolve acusações de que ele teria aceitado mais de US$ 100 mil em presentes de cidadãos turcos em troca de favores políticos. A nova gestão do Departamento de Justiça, sob a liderança de Emil Bove, indicado por Trump, ordenou o arquivamento alegando que a acusação prejudicava a capacidade do prefeito de atuar contra imigração ilegal e crime violento.

Sassoon se recusou a acatar a ordem e, em uma carta à procuradora-geral Pam Bondi, afirmou que não havia base legal para encerrar o caso e que Adams havia cometido os crimes pelos quais foi indiciado. Ela também denunciou uma suposta tentativa de acordo, em que advogados do prefeito teriam condicionado seu apoio às políticas de Trump ao arquivamento do processo, algo que a defesa de Adams nega.

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