Oito pessoas que integravam a caravana de imigrantes centro-americanos, quatro adultos e quatro crianças, puderam entrar nos Estados Unidos, onde pretendem pedir asilo.
“Depois de mais de 24 horas de espera e luta, CBP (Gabinete de Aduanas e Controle de Fronteiras) aceitou entrada de oito companheiros e companheiras da Via Crúcis Migrantes na Luta 2018 para exercer seu direito a solicitar asilo”, escreveu aquela organização em sua página de Facebook. “Ainda faltam muitos, mas este é um triunfo de todos! A luta continua!”.
A primeira pessoa da caravana que pôde ingressar em solo norte-americano é uma hondurenha de 29 anos juntamente com sua filha de 9 meses.
A entrada dos oito primeiros membros da caravana de imigrantes foi permitida um dia depois deles terem chegado à cidade fronteiriça de Tijuana, onde até a noite de segunda-feira (30) as autoridades imigratórias não haviam aceito os pedidos de asilo para os membros da via crúcis com o argumento de o posto fronteiriço de San Ysidro já ter alcançado sua capacidade máxima.
Enquanto isto, o resto dos integrantes da caravana (quase 200) continuam acampando em Tijuana à espera de ter uma oportunidade para cruzar a fronteira e solicitar asilo.
Essa notícia foi divulgada pouco depois de o Departamento de Justiça (DOJ) ter acusado a entrada ilegal pela fronteira Califórnia-México de 11 pessoas que faziam parte da caravana.
Os acusados são seis hondurenhos, três guatemaltecos e dois salvadorenhos que foram detidos após terem cruzado ilegalmente a fronteira através de duas áreas conhecidas como ‘Goat Canyon’ e ‘W-8’, próximas a San Ysidro, Califórrnia.
Pelo menos 200 imigrantes centro-americanos estavam em Tijuana desde o final de semana, porque a CBP não processou suas solicitações de asilo político alegando não ter capacidade para fazer isto. Os participantes da caravana viajaram através do México desde que saíram de Chiapas em 25 de março com o objetivo de chegar à fronteira entre Tijuana e San Diego. A maioria é proveniente de Honduras.
Na segunda-feira (30), o CBP divulgou, através de um comunicado, que San Ysidro já havia alcançado sua capacidade máxima no porto de entrada de San Ysidro para atender mais pessoas “que viajam sem a documentação de entrada apropriada para seu processamento”.
Por este motivo, a caravana de migrantes escolheu os 50 casos mais vulneráveis para que entrem primeiro no posto fronteiriço que separa Tijuana e San Diego, entre estes, está uma mulher com gravidez de alto risco, mães com filhos pequenos, crianças doentes e mulheres transgêneros. Mas nem para estes está garantida uma entrada fácil nos Estados Unidos.
