Uma obra de arte realizada por ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, encerrados em agosto, ganhou projeção mundial durante e, agora, após o torneio. Trata-se de um gigantesco mural criado pelo grafiteiro brasileiro Eduardo Kobra. Batizado de “Etnias”, o grande paredão grafitado foi reconhecido na segunda-feira (22) como o maior grafite do mundo pelo “Guiness World Records”, o livro dos recordes mundiais. Uma espécie de “medalha de ouro” para a obra de arte.
O mural, com 15 metros de altura e 170 de comprimento, retrata cinco rostos indígenas de cinco continentes diferentes: os huli, da Nova Guiné (Oceania), os mursi, da Etiópia (África), os kayin, da Tailândia (Ásia), os supi, da Europa, e os tapajós, das Américas.
A pintura é inspirada nos aros olímpicos e, segundo o portal G1, representa a paz e a união entre os povos. Localizado no Boulevard Olímpico da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o mural foi realizado com 180 baldes de tinta acrílica, 2.800 latas de spray e sete elevadores hidráulicos.
De acordo com Kobra, O projeto é a continuação de uma história de luta através da arte e esse recorde não é apenas sobre tamanho. Para o artista, a obra se trata da maior pintura pela paz entre as nações.
Famoso até do outro lado mundo
Autor de murais em pontos badalados de New York City (onde um muro com seus traços fica localizado próximo ao parque suspenso High Line) e Miami (onde assina um grande mural no descolado bairro de Wynwood), o grafiteiro brasileiro pode se considerar famoso até do outro lado do mundo.
No começo do ano, Kobra finalizou a pintura de um muro localizado no bairro de Shibuya, um dos mais movimentados de Tóquio, capital do Japão. Depois de marcar a paisagem de cidades brasileiras com seus murais gigantes e coloridos, o artista foi convidado pela cidade japonesa a estampar sua arte por lá.
Em junho inaugurou em Chicago (capital do Estado do Illinois e uma das mais importantes metrópoles dos EUA) outro imenso mural. Ele criou uma homenagem ao músico Muddy Waters, considerado o “Pai do Chicago Blues” e cujo centenário foi celebrado em 2015. O trabalho tem 20 metros de largura por 40 metros de altura.
