O mandatário pedirá ao presidente do Congresso para enviar um plano abrangente ao plenário
Da Redação com Univision – Em entrevista exclusiva ao canal 34 da Univision, o presidente Barack Obama disse esta semana que, agora que o Congresso resolveu a disputa orçamentária, ele insistirá com a liderança republicana da Câmara de Deputados que vote a reforma imigratória.
O presidente reiterou suas críticas ao presidente da Câmara de Deputados, John Boehner (republicano de Ohio), que advertiu em junho que só enviará ao plenário projetos de lei que cumpram a Regra Hastert, ou seja, aqueles que tenham o respaldo da maioria da maioria (118 dos 234 votos republicanos). É “a única coisa que nos está detendo”, disse Obama.
No final de junho, o Senado aprovou o projeto de reforma imigratória S. 744 que inclui um caminho para a cidadania para indocumentados que estão nos Estados Unidos desde antes de 31 de dezembro de 2011 e não tenham antecedentes criminais.
A regra destacada por Boehner soma-se ao rechaço da ala ultraconservadora do Partido Republicano para debater uma reforma imigratória como a aprovada pelo Senado.
O Tea Party, além disto, exige debater uma reforma imigratória por partes com ênfase na segurança da fronteira e não garante um caminho à cidadania para os sem papéis.
Tanto a Casa Branca como os democratas da Câmara de Deputados asseguram que têm os 218 votos necessários para aprovar uma reforma imigratória a qualquer momento.
Por sua vez, em 5 de outubro, um grupo de democratas apresentou uma versão modificada do plano de reforma imigratória que aprovou o Senado. O projeto suaviza uma dura emenda de segurança que designa $30 bilhões para a contratação de 21 mil novos agentes da patrulha fronteiriça, ordena a construção de 700 milhas de muro fronteiriço, autoriza um muro digital na fronteira com o México e pede monitoramento com aviões não tripulados (drones), entre outros.
A versão democrata diminui o orçamento contido na Emenda e recomenda a criação de um conselho para supervisionar o gasto do orçamento e verificar o cumprimento das medidas de segurança.
A inação do Congresso com a reforma imigratória gerou em 5 de outubro uma onda de protestos e passeatas em pelo menos 60 cidades de 39 estados. Organizações que defendem os direitos dos imigrantes pediram ao Congresso que aprove uma reforma imigratória como a do Senado e ao governo que detenha as deportações.