Presidente reclamou de agências por não evitar ataque frustrado, apesar das informações do Serviço Secreto
Criticado pelo presidente Barack Obama, O diretor do Departamento Nacional de Inteligência, Dennis Blair, prometeu agir com mais rigor para prevenir novos ataques aos Estados Unidos. Há poucos dias, falhas de segurança permitiram um atentado frustrado em um avião entre Amsterdã e Detroit, apesar de o serviço de inteligência do país ter recebido informações suficientes para impedir o embarque do terrorista naquela aeronava.
“O governo tinha detalhes para desvendar o plano e potencialmente interromper esse ataque no dia de Natal, mas nossos agentes de inteligência fracassaram em conectar os pontos que teriam colocado o suspeito em uma lista de proibição para embarcar”, disse Obama em rede nacional. O ‘puxão de orelhas’ deu resultado e Blair admitiu que houve falhas dos serviços de inteligência. “A mensagem do presidente foi compreendida e estamos nos movimentando para cumprir com os novos desafios”, disse o diretor da Inteligência americana.
Ele acrescentou que houve “progressos consideráveis” na coleta e na análise das informações e para melhorar a colaboração entre os serviços, apesar de ainda ser preciso fortalecer sua capacidade de impedir “novas táticas” de ataque. O cargo ocupado por Dennis Blair foi criado após os atentados de 11 de setembro de 2001, em uma tentativa de, justamente, melhorar a coordenação entre os serviços de inteligência.
Em 25 de dezembro, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab embarcou na Holanda em um voo da Northwest Airlines, entre Amsterdã e Detroit, e tentou explodir uma bomba no avião. Segundo Obama, além de ter informações de que Abdulmutallab teria viajado ao Iêmen e se encontrado com extremistas no país, o serviço de inteligência dos Estados Unidos também sabia de outros “sinais de alerta”, entre eles o depoimento do pai do terrorista, que estava preocupado com algumas atitudes do filho.
