A temporada 2019/2020 da NFL começou no início de setembro, porém, para os fãs do Miami Dolphins ela já terminou. Como assim? Estamos apenas na segunda rodada!
Vamos aos fatos. A equipe do Sul da Flórida terá pela frente neste domingo (15) simplesmente o New England Patriots – campeão em 2017 e 2019 ao vencer Atlanta Falcons e Los Angeles Rams, respectivamente, e finalista em 2018, quando perdeu para o Philadelphia Eagles. A dupla Bill Belichick e Tom Brady já se tornou uma dinastia na National Football League (NFL) e por sua estreia já deu mostra de que não pretende abdicar do protagonismo. Na estreia, derrotou o Pittsburgh Steelers (equipe com grande chance de ir aos playoffs) por 33 a 3 em Foxboro.
Enquanto isso, Miami Dolphins, também jogando em casa, sofreu a pior derrota da primeira semana ao ser massacrado pelo Baltimore Ravens por 59 a 10. Agora, poucos apostam em uma reação dos “Fins”. O mais provável é o placar mostrar outra derrota acachapante, desta vez para o poderoso time do marido de Gisele Bundchen.
Ao que parece, as derrotas fazem parte do planejamento. Os especialistas apostam que Miami Dolphins terá no máximo cinco vitórias na temporada regular, o que torna a equipe séria candidata à pior campanha desta temporada. O staff do técnico Brian Flores desmente que as derrotas estejam programadas. Entretanto, o próprio calendário ajuda a cumprir esta meta. Depois da lavada sofrida diante do Baltimore Ravens e da provável vitória do New England Patriots, Miami Dolphins enfrentará Dallas Cowboys e Los Angeles Chargers (todas equipes apontadas como prováveis participantes dos playoffs). Ou seja, pode estar com o record de 0-4 e disputando as últimas posições.
A confirmar os rumores, basta verificar as recentes negociações feitas pelo time local. Trocou o left tackle Laremy Tunsil, o wide receiver Kenny Stills e o linebacker Kiko Alonso por futuras escolhas de drafts. Antes, já havia se desfeito do quarterback Ryan Tannehill, do running back Frank Gore, do wide receiver Danny Amendola, do safety Josh Sitton, do offensive tackle JaWuan James e dos cornerbacks Cameron Wake, William Hayes e Andre Branch. E manteve como quarterback Ryan Fitzpatrick, de 36 anos, que se caracteriza pela irregularidade. Seu apelido varia de semana para semana. Quando joga bem, se torna “Fitzmagic” e quando atua mal os torcedores o chamam de “Fitztragic”.
Ora, há de perguntar o leitor. Por que o Miami Dolphins está fazendo isto? A resposta é simples. O time quer fazer o que chamamos de “rebuilding”. Cortar os altos salários, deixar uma equipe fraca disputando esta temporada e apostar na escolha de um dos jovens quarterback que vêm sendo as sensações do College: Tua Tagovailoa, do Alabama Crimson Tide, apelido da Alabama University, ou de Justin Herber, da Ohio State University.
Quem acompanha futebol americano sabe que o segredo do sucesso de uma equipe é ter em seu elenco um bom quarterback. Como disse certa vez, Nick Saban, técnico do Alabama Crimson Tide e ex-treinador do Miami Dolphins, “a chave para uma equipe vencer jogos e campeonatos é escolher um ótimo quarterback e cercá-lo de talentos nas outras posições”. Portanto, conseguir assinar um destes jovens talentos pode ser o início de uma dinastia nos moldes da consolidada dupla Belichick e Brady.
Há dois aspectos a ser comentados nessa “estratégia”. Em primeiro lugar, não é esportivamente ético. Jogar para perder contraria os princípios da esportividade, onde deve-se entrar sempre pensando na vitória sobre o oponente. Portanto, é algo a ser revisado pela NFL a fim de evitar o uso deste tipo de recurso. Na National Basketball League (NBA), eles criaram um sistema no qual nem sempre o pior classificado tem direito ao pick nº1 do draft. Através de um sistema de pontuação mesclado com sorteio um time que teve desempenho melhor pode ter direito ao pick nº 1. A NFL poderia pensar em adotar algum tipo de salvaguarda também.
Em segundo lugar, há o desrespeito para com o torcedor. Muitos deles compram um carnê com jogos para toda temporada regular. Ou seja, investem seu dinheiro para apoiar o time e são obrigados a assistir jogos em que sua equipe não demonstra menor apetite pela vitória e ainda é formada por jogadores de baixo nível técnico.
Em terceiro lugar, há a incerteza. Alguns anos atrás, Indianapolis Colts e Miami Dolphins cumpriram campanhas decepcionantes com o intuito de assinar com Andrew Luck, quarterback da Stanford University, e sensação do Campeonato collegial. Ainda me lembro dos cantos de torcedores do Dolphins “Suck for Luck”, algo assim como joguem mal para trazermos Luck. Pois bem, Indianapolis Colts venceram a disputa e escolheram Andrew Luck para ser seu quarterback titular. Para abrir espaço ao jovem talento, dispensaram Peyton Manning – um dos maiores quarterback da história e que havia liderado o time na conquista de um Superbowl. Pois bem, Manning foi para o Denver Broncos e lá conquistou outro Superbowl, enquanto Andrew Luck abandonou a NFL. Cam Newton, do Carolina Panthers, também pintou como super estrela. Mas não se tornou o jogador que a maioria esperava. Assim, trata-se de uma tática temerária.
Do futuro não sabemos o que Podemos esperar. Mas do presente se prepare. Teus domingos devem ser usados para outras atividades porque assistir aos jogos do Miami Dolphins vai tirar ter bom humor.
Furacão sai na frente do Colorado
Como já era previsto, o fator casa fez a diferença na partida de ida das finais da Copa do Brasil. O Athletico-PR venceu a partida contra o Internacional por 1 a 0, gol do meia Bruno Guimarães no segundo tempo da partida disputada na quarta-feira (11) na Arena da Baixada em Curitiba.
O resultado fez justiça à equipe que mostrou mais vontade de vencer. Domino amplamente o cotejo, tendo mais de 60% de posse de bola e criando as melhores oportunidades. Aliás, o Colorado deve agradecer Marcelo Lomba por ter feito uma defesa dificílima e evitado o gol de Rony, que seria o segundo do time da casa. Foi, sem dúvida, a jogada mais bonita da partida. Rony fez uma ótima jogada individual, levou toda a defesa e concluiu à meia altura, permitindo a defesa de Lomba com a mão direita.
A se manter a lógica, o Internacional deve pressionar o Athletico-PR no Estádio Beira-Rio em Porto Alegre. O objetivo, claro, é derrotar o Furacão por dois gols de diferença e levantar o troféu de campeão da Copa do Brasil pela segunda vez. A única vez que venceu a Copa do Brasil foi em 1992, nas finais contra o Fluminense. O time do Paraná ainda está em busca de sua primeira conquista. O máximo que o Rubro-negro paranaense conseguiu foi o vice-campeonato em 2013, quando perdeu o título para o Flamengo, Rubro-negro carioca.
Se quiser reverter o resultado, no entanto, o técnico Odair Hellman terá de injetar mais ânimo em sua equipe. O Colorado pouco ameaçou o adversário no jogo de ida e está apostando tudo no jogo da volta. Tática perigosa. Este ano, deu certo uma vez e errado em outra. Ainda pelas semifinais da Copa do Brasil, o Inter foi derrotado em São Paulo pelo Palmeiras por 1 a 0. No jogo da volta, devolveu o placar e a decisão foi para os pênaltis. A sorte sorriu para o clube gaúcho que foi às finais. Já nas quartas de final da Copa Libertadores da América, o Internacional perdeu por 2 a 0 no Rio para o Flamengo e apenas empatou em 1 a 1 em Porto Alegre, dando adeus à competição. Agora, resta saber que estratégia Odair Hellmann adotará.
Antes disso, Internacional deverá colocar um time alternativo contra o Atlético-MG no Estádio Independência e o Furacão fará a mesma coisa ao receber o Avaí na Arena da Baixada. Os dois jogos estão marcados para o domingo (15) de manhã.
Palmeiras bate Fluminense e encosta nos líderes
O Palmeiras fez a lição de casa e derrotou o Fluminense por 3 a 0 (três gols de Luiz Adriano) na terça-feira (10) no Allianz Parque em jogo atrasado, válido pela 16ª rodada do Brasileirão. Com a vitória, o Verdão subiu para a 3ª colocação, a três pontos do líder Flamengo e um ponto atrás do Santos, vice-líder da competição. Foi a segunda vitória de Mano Menezes à frente do Alviverde e a primeira em casa diante da torcida palmeirense. Na estreia, vitória de virada sobre o Goiás no Estádio Serra Dourada, com direito a gol de Gustavo Scarpa em cima da hora.
O próximo compromisso do Verdão é contra o Cruzeiro, coincidentemente ex-equipe de Mano Menezes, no sábado (14). O treinador, que esteve à frente da Raposa por mais de dois anos, conhece muito bem o elenco cruzeirense e pode aproveitar-se do momento conturbado pelo qual passa seu ex-clube. Já o Fluminense, que está na zona de rebaixamento, precisa vencer o Corinthians no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no domingo (15) para sair desta situação incômoda.
Seleção Brasileira decepciona nos amistosos
De repente, entre decisões de Copa do Brasil, Libertadores e Campeonato Brasileiro, surgem duas datas Fifa. É preciso, pois, aproveitar para reunir a Seleção Brasileira e mostrar seu futebol para os torcedores. A pergunta que resta é: será mesmo que precisa? A resposta óbvia é: sim, precisa. Não por motivos esportivos, mas, sim, por compromissos assumidos pelas antigas administrações da CBF (leia-se Ricardo Teixeira, José Maria Marins e Marco Polo Del Nero). Eles comercializaram os amistosos do time canarinho por alguns milhões de dólares e agora nossos craques perambulam pelo mundo para cumprir os jogos vendidos antecipadamente. Retrato do Brasil e também da Argentina, cuja administração de Julio Grondona (já falecido) seguiu a mesma cartilha. Daí, dá para perceber porque a América Latina está sempre ligada à corrupção.
Mas, passemos para a parte esportiva. O que de importante pode-se extrair de amistosos com seleções como a da Colômiba e do Peru? Pouco ou quase nada. Estive no amistoso disputado em Miami que terminou em 2 a 2, gols de Casemiro e Neymar para o Brasil e dois de Muriel para a Colômbia. O resultado serviu para deixar as torcidas felizes. Colombianos e brasileiros lotaram o Hard Rock Stadium (público superior a 65 mil pessoas) em uma noite calorenta de sexta-feira (6) puderam assistir a uma partida bem disputada, com alguns lances ríspidos, sobretudo por parte dos jogadores da Colômbia.
No dia 10 de setembro, em Los Angeles, na outra costa americana, o Peru enfrentou o Brasil com ares de revanche. Os dois foram finalistas da Copa América no Maracanã e o Brasil conquistou o título. Desta vez, a vitória ficou com os peruanos. O zagueiro peruano Abram anotou de cabeça quase ao final da partida e decretou o placar final de 1 a 0. O técnico Tite lamentou o resultado, culpou o estado do gramado (de fato, muito ruim) e aproveitou para fazer várias experiências. Apesar da derrota, o Brasil foi quem mais tomou a iniciativa do jogo e criou as melhores chances. A ponto de transformar o goleiro Gallese na principal figura da partida e provocar o comentário sincero de Ricardo Gareca, técnico do Peru: “Não sei se merecíamos a vitória”.
O duro para os clubes é que eles terão de ceder jogadores para mais quatro datas fifa em 2019: dias 10 e 15 de outubro, e 14 e 19 de novembro. Tite, porém, tem tomado o cuidado de não convoca mais de um jogador de cada time brasileiro para não desfalcar ninguém nos jogos decisivos.