Fed muda status de Goldman Sachs e Morgan Stanley para holdings
O Goldman Sachs e o Morgan Stanley acertaram uma cobertura com o Federal Reserve para sobreviver à crise financeira que já destruiu seus concorrentes, adotando uma medida que, na prática, encerra o modelo de banco de investimento que dominou Wall Street nas últimas duas décadas. A ação é mais uma medida de Washington para tentar restaurar a calma nos mercados, que tem como objetivo evitar que a crise financeira jogue a economia dos Estados Unidos em uma severa recessão.
Ao concordarem em se transformar em holdings, sujeitando assim a regulamentos mais severos do Fed, o Goldman e o Morgan Stanley tentam evitar trilhar o caminho que levou ao colapso seus rivais, derrubados pela pior crise financeira que Wall Street já vivenciou desde a Grande Depressão. O último a falir foi o Lehman Brothers, que pediu concordata semana passada. Na semana passada, o Lehman Brothers quebrou e o Merrill Lynch foi vendido para o Bank of America. O Bear Stearns já tinha falido no início do ano. Com isso, o Goldman e o Morgan Stanley eram os últimos dos cinco grandes bancos de investimento que fizeram a história de Wall Street nos últimos 20 anos.
A transformação em holdings garante às duas instituições maior acesso aos fundos do banco central dos EUA e vai facilitar a aquisição de bancos de varejo pelas instituições. “Isso cria uma percepção de maior segurança e supervisão”, afirmou Chip MacDonald, que avalia fusões no escritório de advocacia Jones Day.