DA REDAÇÃO – Com cerca de 12 milhões de desempregados, o Brasil ao menos registrou um dado positivo em relação ao mercado de trabalho: o número de novos empreendimentos aumentou 25,5% em novembro de 2019 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ao todo, foram abertas 257.697 empresas, com destaque para o volume de novos negócios nas Regiões Norte e Nordeste – 36,3% e 27,3% de crescimento, respectivamente.
Os dados são do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. O acumulado de janeiro a novembro mostrou a abertura de 2,9 milhões de empresas, com alta de 23,3% no ano. Os estados que apresentaram maior variação estão o Amapá (73,2%) e Amazonas (59,9%). Por outro lado, no Espírito Santo, o índice aumentou apenas 15,1%.
“Com a geração de empregos formais ainda em marcha lenta na economia brasileira, o empreendedorismo tem sido uma válvula de escape para o desenvolvimento de atividades econômicas. Esse fato explica o forte crescimento, principalmente, de novos microempreendedores individuais, que já chegou a 2,4 milhões até novembro de 2019”, explicou o economista da Serasa Experian Luiz Rabi. Em novembro de 2019, a maior parte das companhias abertas foi de microempreendedores individuais, representando 80,2% do total, com 206.744 empreendimentos.
A má notícia fica por conta do alto índice de empresas encerrando suas atividades. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao mesmo tempo que pode ser chamado de país empreendedor, o Brasil registra um alto índice de fechamento de empresas: metade delas fecha suas portas antes de completar quatro anos de atividade e mais de 20% antes mesmo de completar um ano. Isso fez com que ocorresse no país um saldo negativo. A expectativa é que 2019 possa quebrar este ciclo vicioso, mas os resultados só serão divulgados oficialmente em fevereiro.