Imigração Notícias

Número de imigrantes presos na fronteira cai 14% em janeiro

Metade dos detidos foi mandada de volta para o México sem direito à audiência com juiz de imigração

Muro na fronteira dos EUA com o México Foto: Mani Albrecht – U.S. Customs and Border Protection)

O número de imigrantes indocumentados presos na fronteira caiu 14% em janeiro, maior queda desde fevereiro de 2021. Segundo informações do Customs and Border Protection (CBP), 154 mil pessoas foram detidas, número que ainda é considerado muito alto.

Desse total, mais da metade foi sumariamente mandada de volta para o México, sob a política denominada Title 42. Essa medida alega questões de segurança sanitária devido à covid para mandar de volta imigrantes sem direito à audiência com um juiz de imigração.

Cerca de 75 mil estrangeiros que se apresentaram na fronteira foram admitidos e terão que se apresentar a um juiz para procedimentos de deportação, solicitações de asilo, entre outros.

Title 42

Desde março de 2020, mais de 1.2 milhão de estrangeiros foram mandados de volta aos seus países ao tentarem atravessar a fronteira sob o chamado “Title 42”. O argumento da política criada por Trump era que “os imigrantes representam ameaça à saúde pública devido à pandemia de covid-19”.

Essa política segue sendo implementada por Biden, que têm deportado a maioria dos estrangeiros que chega à fronteira e pede asilo.

O US Centers for Disease Control and Prevention (CDC) renovou a medida, mesmo diante da queda dos casos de coronavírus nos Estados Unidos. Desde que começou a ser implementada, mais de 1 milhão de pessoas já foram deportadas com base na política.

Ativistas da causa imigratória criticaram a medida e pedem que a Casa Branca revogue o Title 42 o quanto antes. “Essa política não tem qualquer respaldo na saúde pública e sim é usada para expulsar imigrantes em massa. O Title 42 é usado para expulsar solicitantes de asilo e faz parte de um legado anti-imigrante deixado pelo antecessor de Biden”, afirma Robyn Barnard, conselheiro do Human Rights First.

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