O número de pessoas sem-teto na cidade de New York subiu 39% em um ano, chegando a 3.892, o seu máximo em 12 anos, segundo dados publicados na quarta-feira (5) pelo Departamento de Serviço às Pessoas Sem Domicílio Fixo. As informações são da France Presse.
O departamento explicou que o número representa a quantidade de pessoas sem lar em uma noite de inverno, em 6 de fevereiro, a maior contagem desde 2005, deixando aparente as imensas desigualdades de renda em New York, a cidade com mais bilionários do mundo.
As autoridades atribuem o aumento a um inverno mais quente, alta dos aluguéis a um ritmo superior ao dos salários e à pouca disponibilidade de casas a preços razoáveis, o que provocou uma crise habitacional.
A renda média por lar aumentou 4,8% comparada com a alta de 18,3% dos aluguéis entre 2005 e 2015, disse o departamento.
“Embora saibamos que temos muito a fazer, continuamos abrindo mais abrigos para pessoas sem-teto e oferecendo mais programas aos nova-iorquinos para ajudá-los a fazer a transição das ruas para uma casa permanente”, disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.
A ONG Coalition for the Homeless informou que cerca de 60 mil pessoas dormem em abrigos a cada noite – incluindo 22 mil crianças -, e que nos anos recentes a taxa de cidadãos sem-teto alcançou cifras nunca vistas desde a Grande Depressão que seguiu a crise de 1929.
Em novembro de 2015, De Blasio anunciou um plano de US$ 2,6 bilhões para construir novos lares para os mais vulneráveis em 15 anos.
O departamento declarou na quarta-feira que as primeiras 500 unidades estarão prontas neste ano.
Foto: (ANDREW SAVULICH/NEW YORK DAILY NEWS)