O número de brasileiros que moram no exterior e estão aptos a votar aumentou 172% na última década, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um levantamento realizado pelo órgão indicou que até janeiro deste ano haviam 577.794 pessoas cadastrados para votar fora do Brasil, contra 212.095 em 2012. Os países que concentram a maior quantidade de votantes são EUA, Japão e Portugal.
O interesse do eleitorado brasileiro fora do Brasil em exercer o direito ao voto já havia se destacado nas eleições presidenciais de 2018, quando o número de eleitores cadastrados aumentou 100.582. Na ocasião, o atual presidente Jair Bolsonaro foi declarado vitorioso com 71,02% dos votos válidos no segundo turno, contra 28,98% de Fernando Haddad (PT). Bolsonaro ganhou em países como EUA, Inglaterra, Portugal e Espanha, enquanto Haddad foi o preferido na Alemanha, Cuba, Rússia e Argentina.
Apesar do crescimento, o número de eleitores ativos no exterior ainda é muito pequeno se comparado ao tamanho da comunidade de brasileiros em diferentes países. Dados divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 2020, dão conta que existem 4,2 milhões de nacionais do Brasil morando fora, com grande concentração nos EUA, Portugal e Paraguai. Mesmo longe do seu país de origem, o voto continua obrigatório para os que são alfabetizados e tem mais de 18 e menos de 70 anos. Eles participam apenas da escolha para presidente da República.
Os interessados em votar nas eleições presidenciais deste ano têm até o dia 4 de maio para concluir o cadastramento online. Qualquer pessoa, independentemente do status imigratório, pode votar. Mais de 90 países terão zonas eleitorais para receber os eleitores brasileiros. Veja aqui a lista do TSE dos locais de votação no exterior. Para saber como transferir o título para votar no estado da Flórida clique aqui.