COLABORAÇÃO de Miriam Andrade
O criativo nome Erva D’Aninha aconteceu por acaso, quando há 13 anos Adriano Roney e Neil Araújo tentavam montar o equipamento de som e se desviar de um “maldito” vaso de samambaia de plástico que insistia em atrapalhar o caminho, durante um ensaio da banda em uma garagem. A “erva” acabou servindo de inspiração.
Desde então, a Erva D’Aninha não parou mais de tocar e conquistar um público fiel, que todos os fins de semana a seguiu pelos barzinhos e clubes onde se concentram as grandes comunidades de brasileiros no Sul da Flórida. Para ouvir, dançar e cantar junto com eles os grandes sucessos das grandes bandas de rock nacional que marcaram as décadas de 1980, 1990 e 2000 no Brasil.
No último fim de semana de janeiro porém, o clima no Baja Café, em Deerfield Beach era de emoção e até com um fundo de tristeza. O líder da banda, Adriano Anzol, como é conhecido, depois de dezessete anos nos Estados Unidos anunciava que aquela seria sua noite de despedida, porque estava voltando de vez para o Brasil.
A notícia já havia sido também previamente divulgada na sua fanpage do Facebook e de outras redes sociais, acompanhadas assiduamente por seus seguidores. A festa de bota fora para o cantor não poderia ter sido diferente: os mesmos sons de Capital Inicial, Legião Urbana, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, e tantas outras bandas que marcaram os anos dourados da geração Coca-Cola. O som rolou alto, noite adentro
É claro que não poderia faltar o clássico “Tempo perdido”, da Legião Urbana, que, segundo Adriano, “tem quase que a obrigação de estar incluída no repertório de qualquer banda.
Formada por Adriano Anzol (cantor e fundador da banda), Marcelo Bakos (baixo), Neil Araújo (bateria) e Moreno Junqueira (guitarra) a Erva D’Aninha participou de aberturas de shows de bandas consagradas em apresentações especiais aqui na Flórida, entre elas, Barão Vermelho, O Rappa, Charlie Brown Junior, 14 Bis e Armandinho.
Fazendo um balanço de sua carreira como músico na América, tocando em barzinhos e clubes de Miami, Boca Raton, Deeerfield e Pompano beach, Orlando Fort Lauderdale, Adriano revelou que o dinheiro que ganhou cantando serviu apenas para sustentar o hobby. “Para sobreviver aqui na Flórida e juntar um dinheirinho, eu tive mesmo é que ralar, de segunda a sexta, no ramo da construção, desabafou.
Acompanhado da noiva Taciane Santana, uma médica mineira que conheceu em uma de suas viagens ao Brasil, há cerca de um ano, o cantor revelou ao AcheiUSA o verdadeiro motivo que o levou à mudança repentina de volta para casa: “ É que durante a minha última visita a Goiás eu percebi o quanto tempo eu havia perdido estando longe da minha família. O meu pai não conseguiu o visto para me visitar aqui e isso resultou num longo período de 13 anos longe dele”. Com a família bem estruturada vivendo no Brasil, Adriano chegou à conclusão de que chegou a hora de rever os valores.
Seguidor da doutrina espírita que aprendeu com seus pais, avós e bisavós, Adriano Roney embarcou pra Minas Gerais numa madrugada de janeiro. No Brasil, planeja casar-se com Taciane ainda este ano. Mas não descarta a possibilidade de voltar com a Erva D’Aninha no Brasil. Antes disso, o cantor está concentrado em outros objetivos: focado na readaptação no Brasil e planejando seu futuro ao lado da médica Taciane Santana.