Prova, que engloba 100 perguntas, está preocupando imigrantes
Já está em vigor o novo teste cívico que faz parte do processo de naturalização americana. Apesar das autoridades do serviço de imigração garantirem que a prova não é mais difícil do que a anterior, muitos imigrantes estão céticos e assustados com as questões. “Não é mais difícil que o exame atual. Para dizer a verdade, para algumas pessoas pode até ser mais fácil”, afirmou Alfonso Aguilar, diretor do escritório de cidadania dos Serviços de Cidadania e Imigração, a agência federal que desenvolve e administra o teste.
A nova prova engloba uma lista de 100 perguntas. Durante a entrevista de naturalização, um funcionário da imigração vai fazer 10 perguntas ao candidato, com diversos graus de dificuldade. Os candidatos precisam responder corretamente a seis delas para serem aprovados.
Aguilar disse que em um estudo piloto das novas questões, 92% dos candidatos foram aprovados no teste em sua primeira tentativa (contra 85% dos candidatos em relação ao teste antigo).
Com a reformulação do teste, a primeira desde 1986, os funcionários da imigração estão tentando deixar para trás as perguntas sobre curiosidades e enfatizar conceitos básicos sobre a História dos Estados Unidos e a estrutura do seu governo. Não se pode negar, portanto, que algumas das questões exigem, no mínimo, conhecimento acerca da política americana. Se antes, uma das perguntas se referia à data da comemoração da independência americana (4 de julho), agora, um dos questionamentos é sobre do que trata a primeira emenda à Constituição – liberdade de expressão, religião, reunião, imprensa e apelo ao governo.
Por isso, muitas entidades de apoio aos imigrantes estão oferecendo aulas preparatórias para quem deseja conhecer melhor os assuntos abordados na prova de cidadania. Uma delas é a Hispanic Unity of Florida, em Hollywood, que oferece classes gratuitas. Na comunidade brasileira, vários escritórios de advocacia também disponibilizam o serviço.