A partir desta segunda-feira (19), o governo dos Estados Unidos iniciou o processo de inscrição para um novo programa de cidadania, que oferece uma rota para legalização a cônjuges de cidadãos americanos sem a necessidade de deixar o país. A iniciativa, proposta pelo presidente Joe Biden, é vista como uma das mais significativas desde a criação do programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) em 2012.
O governo Biden estima que cerca de 500 mil cônjuges e 50 mil enteados de cidadãos americanos possam se beneficiar da medida. O Departamento de Segurança Interna destacou que a medida visa reduzir o impacto emocional e econômico que a permanência em situação irregular causa às famílias.
No entanto, para muitos, a nova política não traz alívio. O novo programa beneficia cônjuges que estiveram nos EUA de forma contínua por 10 anos até 17 de junho de 2024, casados até essa data. A exclusão de cônjuges que saíram voluntariamente do país gerou preocupações entre advogados de imigração e grupos de defesa dos direitos dos imigrantes. Eric Lee, advogado de imigração, descreveu a situação como uma “massiva injustiça”, argumentando que esses indivíduos deveriam ser incluídos no novo programa.
O Departamento de Segurança Interna não esclareceu se aqueles que saíram voluntariamente do país serão elegíveis, mencionando apenas que “podem ser elegíveis para processamento no exterior”. A estimativa é que 64% dos beneficiários potenciais sejam do México e 20% da Guatemala, de Honduras e de El Salvador.
O programa oferece a possibilidade de permanência nos EUA por três anos, mediante um pagamento de $580, com a opção de solicitar autorização de trabalho, um green card e, eventualmente, a cidadania.
Fonte: The Independent