As autoridades de saúde de Miami-Dade emitiram um alerta de doenças transmitidas por mosquitos depois que outro paciente foi diagnosticado com dengue no condado. Especialistas disseram que este é um caso de transmissão local e parece não ter relação com ocorrências anteriores da doença. Com isso, agora são 11 infectados com dengue no sul da Flórida, desde o início do ano.
A preocupação dos representantes do Departamento de Saúde da Flórida é com a propagação do mosquito transmissor da doença. Por isso, é importante que a população tome precauções básicas para ajudar a limitar a exposição aos insetos, como drenar a água parada. Recomenda-se também o uso de repelentes ou calças e roupas de manga comprida, especialmente crianças e idosos. A dengue pode causar febre, dor de cabeça intensa, dor ocular, dores musculares e articulares e sangramento. Outros sintomas incluem vômitos e diarreia.
Segundo o Departamento de Saúde da Flórida, o vírus da dengue foi erradicado dos Estados Unidos há décadas e os únicos casos registrados até 2009 eram de pessoas que contraíram a doença em outros países. No entanto, naquele ano, houve um surto de transmissões locais na cidade de Key West, com 22 casos confirmados. No ano seguinte, em 2010, o estado registrou mais 60 pessoas infectadas com a doença e, desde então, os casos têm sido esporádicos.
Os Estados Unidos já aprovaram a primeira vacina contra dengue, mas com restrições. A FDA, agência que regula a utilização de medicamentos no país, limitou a distribuição da droga (chamada de Dengvaxia) a regiões onde a doença é endêmica, como Porto Rico e Ilhas Virgens, por exemplo.
Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas estarão expostas a doenças como a dengue no fim do século 21, em consequência do aumento da temperatura global. O estudo divulgado pela revista especializada “Plos Neglected Tropical Diseases” mostra que as áreas de maior infecção são a América Latina, sudeste asiático e ilhas do Pacífico.