Uma nova série de ataques deixou ao menos cinco mortos durante a madrugada desta quarta-feira na Grande São Paulo e na Baixada Santista.
Os policiais acreditam que ataques estejam relacionados à prisão de Emivaldo da Silva Campos, conhecido por BH, nesta terça-feira à noite(11) em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, região metropolitana de São Paulo, e a uma suposta lista de transferência de presos para presídios federais. Ele é considerado pela Polícia Civil como a última “torre externa” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ao menos 48 ações criminosas contra 53 alvos que atingiram supermercados, agências bancárias, bases da Polícia Militar, da Guarda Civil Metropolitana, além de prédios públicos, na capital, Grande São Paulo e Baixada Santista. Cinco suspeitos foram presos.
Um policial militar e sua irmã foram mortos na madrugada desta quarta-feira (12) no bairro da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista. No Guarujá, no litoral paulista, dois vigias particulares também foram assassinados durante a noite. Em São Vicente, o filho de um carcereiro foi baleado e morto. Um terceiro vigia também foi assassinado no Guarujá. No entanto, ainda não está confirmado se o assassinato de um deles tem relação com os outros ataques.
As ações também atingiram dois supermercados da capital, um no bairro de Higienópolis e outro na Bela Vista. Nos vidros de ambos os criminosos fixaram cartazes com a inscrição: “Contra a opressão carcerária”. Os ataques atingiram ainda agências do Banco Itaú e do Bradesco. Uma agência bancária e duas lojas de automóveis foram atacadas em Santos.
Ainda em São Paulo, um grupo armado atacou duas bases da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no extremo leste da capital paulista. Segundo a GCM, os criminosos também roubaram cinco táxis. Outras duas bases da Polícia Militar e três da Guarda Civil Metropolitana foram atacadas. O 2º Distrito Policial de Suzano e o Distrito Policial de Santa Izabel, ambos na região metropolitana da capital paulista, também foram alvejados.
Nesta madrugada, 17 coletivos foram incendiados. Três deles na capital, três na Grande São Paulo e cinco na Baixada Santista. Apesar dos novos ataques, o sistema de transporte da capital paulista funciona normalmente.