Visita do pontífice atraiu multidões a país católico
Papa Francisco ao lado do presidente Enrique Pena Nieto cumprimenta crianças mexicanas
DA REDAÇÃO – O Papa Francisco pediu “perdão” aos povos indígenas, em sua visita ao México na última semana, pelas “sistemáticas” incompreensões, exclusões e pela expropriação de suas terras.
“Que tristeza! Como faria bem a todos nós um exame de consciência e aprender a dizer perdão. O mundo atual, expropriado pela cultura do descarte, precisa de vocês. Perdoem seus irmãos!”, disse o Pontífice ao iniciar sua homilia na missa em uma das áreas mais pobres do México, em San Cristobal de las Casas.
Segundo o líder da Igreja Católica, “os seus povos foram incompreendidos e excluídos da sociedade por muitas vezes” e que, durante a história, “alguns consideraram os seus valores, a sua cultura e as suas tradições inferiores”.
Lembrando da sua luta em defesa do meio ambiente, Francisco afirmou que os índios “têm muito a ensinar” sobre o cuidado com a natureza.
“O desafio ambiental que vivemos e as suas raízes humanas tocam a todos e nos faz intervir. Não podemos mais fazer de conta que não há nada perante a uma das maiores crises ambientais da história. Nisso, vocês têm muito a ensinar. Os vossos povos, como já reconheceram os bispos da América Latina, sabem relacionar-se harmonicamente com a natureza”, disse na homilia.
Além de pedir perdão aos nativos, o sucessor de Bento XVI ainda fez uma saudação em língua indígena no início da missa. “A lei do Senhor é perfeita em tudo e conforta a alma”, disse Franscisco.
Religioso perde a paciência com fiel
Em uma rara perda de compostura, o Papa Francisco ficou irritado na terça-feira (16) após ser puxado por um fiel durante visita à Morelia, no México. Ele se desequilibrou e quase caiu sobre uma pessoa que estava sentada. “Isso não se faz. Você não pode ser egoísta”, repreendeu Francisco.
A imagem da reação do Papa foi amplamente divulgada nas redes sociais e em meios de comunicação. Mais tarde, o Vaticano justificou a forte reação do Papa, dizendo que se tratou de uma ‘reação humana’.
“É uma reação muito humana, muito normal”, comentou a jornalistas Francisco Lombardi, porta-voz do Vaticano. “Qualquer pessoa diante de uma situação similar teria reagido desta forma, ainda mais depois de um longo dia de atividades”, acrescentou.