Trump ameaçou, o governo anunciou batidas da imigração em diversas cidades dos Estados Unidos com início no último fim de semana e muita gente pensou que “tudo não passou de um exagero”. Moradores de Houston, no Texas, entretanto, ouviram batidas em suas portas logo cedo na segunda-feira (15), mas ninguém abriu a porta.
Pouco antes das 7 da manhã de segunda-feira, uma senhora identificada como ‘Garcia’ estava saindo para o trabalho quando avistou quatro agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE). Garcia, que vive em uma grande comunidade hispânica em Houston, tirou fotos dos agentes, postou em seu Facebook e alertou a comunidade sobre a presença do ICE.
“Nós sabíamos que as batidas iriam acontecer, mas nunca imaginei que seriam na nossa vizinhança. Aqui não existem criminosos, nós fazemos o background check de todos. São trabalhadores”, comentou a síndica do condomínio.
Uma família de Honduras, por exemplo, recebeu o aviso e, ao ouvir as batidas dos agentes, não abriu a porta. Depois de alguns minutos sem resposta, os agentes deixaram a casa. “Nós passamos a corrente na porta e não abrimos. Eu não estava assustada, fiquei com medo pelos meus vizinhos, mas ninguém abriu a porta”, disse a hondurenha indocumentada, que vive com o marido e dois filhos na comunidade.
O objetivo das batidas imigratórias seria prender pelo menos dois mil imigrantes indocumentados com ordens de deportação em aberto e também crianças indocumentadas. Com a vasta publicidade sobre a realização das blitzen, a comunidade imigrante foi alertada por advogados e ativistas sobre seus direitos, como não abrir a porta para os agentes.
O ICE não informou quantas pessoas foram presas nessa operação do fim de semana. O presidente Trump disse que a operação foi um sucesso, mas foi silenciosa, sem muito alarde.
Em Atlanta, na Geórgia, foram reportadas algumas blitzen, bem como no norte da Flórida, New York e San Diego na Califórnia, quando 20 imigrantes foram detidos entre 7 e 11 de julho. (Com informações do New York Times)